Restrição comercial ao crescimento economico no Brasil (1980-2000)

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2000

RESUMO

Esta dissertação tem como tema principal a abordagem da balança comercial como restrição ao crescimento econômico do país. Todos sabemos que a economia brasileira é de dificil inserção no mercado internacional, mas poucos sabem que temos um potencial enorme de capacidade de substituição de importação. Nos idos da década de 80, tínhamos um enorme superávit comercial, mas a economia continuava mesmo caminhando a passos pequenos, isso quer dizer, continuava a crescer pouco. Pouco significa de 3% a 4% do PRODUTO INTERNO BRUTO (PID). Para produzir superávits absolutamente sem precedente na balança comercial, o Brasil pagou um preço extremamente elevado, sob a forma de recessão, fortes pressões adicionais sobre a taxa de inflação, aumento do desemprego, redução dos salários e retração dos investimentos. A capacidade de gerar saldos comerciais indica, sem dúvida que a dimensão cambial do problema da transferência teria sido equacionada. Mas ainda na década de 80, questionava-se a durabilidade dos resultados comerciais e alguns economistas alertavam para a vulnerabilidade das contas externas brasileiras a uma situação internacional marcada por profunda instabilidade e incerteza. Os anos 90 chegaram cheios de mudanças, houve a abertura comercial, a valorização do real e então começamos a crescer a taxas mais consideráveis, em torno de 6%. Por outro lado, atingimos déficits na balança comercial insustentáveis. Este trabalho busca avaliar a evolução desses índices que permeiam o quanto o Brasil pode crescer sem incorrer em risco da tão famosa vulnerabilidade externa. É fato que não conseguimos crescer mais a índices tão grandes como na década de 70, contudo nosso potencial de crescimento é maior do que no início da década de 90. Certamente, se houvesse um crescimento da ordem de 10% nas exportações, o Brasil poderia apresentar taxa de crescimento do PID em torno de 7%. É fato que o Brasil ganhou mais liberdade com o processo de estabilização econômica deflagrado pelo Plano Real em meados de 1994, mas também é fato que esse processo custou um aumento da dívida equivalente a US$ 200 bilhões e continua dependente de capital externo. É exatamente assim que os investidores observam o país: em progresso, mas dependente do exterior, apesar da forte desvalorização de 1999

ASSUNTO(S)

desenvolvimento economico

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