Ressonância magnética com gadolínio revela o desenvolvimento dinâmico da hidropsia endolinfática na doença de Ménière
AUTOR(ES)
Li, Xuanyi; Wu, Qianru; Sha, Yan; Dai, Chunfu; Zhang, Ru
FONTE
Braz. j. otorhinolaryngol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2020-04
RESUMO
Resumo Introdução: A doença de Ménière está associada a deficiência auditiva, zumbido, vertigem e plenitude auricular. Muitos estudos anatômicos sugerem hidropsia endolinfática idiopática como a base patológica da doença, que agora pode ser visualizada através de estudo por imagem da orelha interna por ressonância magnética com gadolínio. Objetivo: Investigar o desenvolvimento da hidropsia endolinfática na doença de Ménière com monitoramento dos vestíbulos e das cócleas dos pacientes afetados. Métodos: Orelhas internas de 178 pacientes com diagnóstico definitivo de doença de Ménière unilateral foram visualizados através de imagem de recuperação de inversão atenuada por fluidos em ressonância magnética tridimensional, 3-D FLAIR, e por inversão real após injeção intratimpânica bilateral de gadolínio. Os exames foram usados para avaliar a presença e o grau de hidropsia endolinfática nos vestíbulos e nas estruturas cocleares, inclusive o giro coclear apical, o giro coclear médio e o giro coclear basal. A correlação da ocorrência de hidropsia endolinfática entre as várias partes da orelha interna foi determinada. Resultados: Hidropsia endolinfática sintomática foi detectada no lado afetado em todos os pacientes, enquanto hidropsia endolinfática assintomática foi detectada no lado contralateral não afetado em 32 pacientes (18,0%). No lado afetado, o giro apical da cóclea e o giro coclear médio demonstraram taxas significativamente mais altas de hidropsia endolinfática do que o giro basal e o vestíbulo. A gravidade da hidropsia endolinfática diminuiu gradualmente do giro apical da cóclea para o giro basal. No lado contralateral, a incidência e o grau da hidropsia endolinfática assintomática detectada foram significantemente maiores nas cócleas do que nos vestíbulos (p < 0,05), sem diferença significante entre os giros cocleares. Conclusões: A progressão da hidropsia endolinfática parece ser direcional, iniciando-se na cóclea. A sua ordem da gravidade diminui gradualmente do giro apical da cóclea para o giro basal e, em seguida, para o vestíbulo. A hidropsia endolinfática no vestíbulo está associada à doença de Ménière sintomática.
Documentos Relacionados
- Diagnóstico etiológico de pacientes com hidropsia endolinfática (Síndrome de Méniére) no Hospital de Clínicas de Porto Alegre
- Recomendações práticas na segurança do uso de gadolínio na ressonância magnética: resultados de um painel Delphi com especialistas
- O papel da difusão por ressonância magnética na doença de Parkinson e no diagnóstico diferencial com parkinsonismo atípico
- Hidropsia endolinfática experimental sob ação de inibidor da óxido nítrico sintase tipo II: avaliação com emissões otoacústicas e eletrococleografia
- Avaliação da doença de Parkinson pela ressonância magnética