Respostas morfofisiológicas e mecanismos de tolerância à salinidade em quatro espécies ornamentais perenes sob clima tropical

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. eng. agríc. ambient.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-10

RESUMO

RESUMO A salinidade afeta o crescimento e a qualidade das plantas ornamentais, mas estudos sobre mecanismos de tolerância ao sal nessas plantas são escassos, particularmente sob condições de clima tropical. Assim, estudaram-se as respostas morfofisiológicas foliares de quatro espécies ornamentais tropicais, a fim de identificar mecanismos envolvidos na tolerância à salinidade e seus potenciais para serem irrigadas com água salobra. A pesquisa foi conduzida em casa-de-vegetação, em delineamento em blocos casualizados, com tratamentos arranjados em esquema fatorial 10 x 4, com quatro repetições. Os tratamentos consistiram de 10 níveis de condutividades elétricas da água de irrigação (0,5; 1,0; 2,0; 3,0; 4,0; 5,0; 6,0; 8,0; 10,0 e 12,0 dS m-1) e quatro espécies ornamentais tropicais (Catharanthus roseus, Allamanda cathartica, Ixora coccinea e Duranta erecta). Aos 30 e 60 dias após o início dos tratamentos salinos (DAST), foram avaliadas as trocas gasosas foliares e o índice relativo de clorofila. Aos 60 DAST foram mensurados: área foliar, área foliar específica, razão de área foliar, grau de suculência, e teores de Na+ e de prolina. A análise das respostas fisiológicas e morfofisiológicas foliares indica que I. coccinea apresenta alta capacidade de crescimento sob irrigação com água salina. Sua maior tolerância à salinidade está relacionada à menor concentração foliar de Na+. Por outro lado, a sensibilidade de D. erecta foi associada a elevadas concentrações de Na+ e prolina nas folhas. A concentração de prolina se mostrou um indicador mais relacionado à sensibilidade ao estresse salino, porém essa relação não pode ser generalizada para todas as espécies ornamentais estudadas.

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