Respostas fisiológicas de curta exposição ao estresse por cobre em Salvinia auriculata Aubl.
AUTOR(ES)
Bizzo, Andresa Lana Thomé, Intorne, Aline Chaves, Gomes, Pollyana Honório, Suzuki, Marina Satika, Esteves, Bruno dos Santos
FONTE
Acta Limnol. Bras.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-09
RESUMO
OBJETIVO: avaliar em curto tempo de exposição às respostas fisiológicas de Salvinia auriculata Aubl. sob diferentes concentrações de Cu. MÉTODOS: as plantas foram expostas a tratamentos com 0,0; 0,01; 0,1; 1 e 10 mM de Cu em um período de 2 dias. Em seguida foram avaliadas variáveis de desenvolvimento de S. auriculata (peso, pigmentos fotossintéticos e carboidratos solúveis), peroxidação lipídica (malonaldeído, aldeídos e extravasamento de eletrólitos) e produção de antioxidantes (antocianinas, carotenóides, flavonóides e prolina). RESULTADOS: Foram verificadas reduções das massas frescas nas concentrações acima de 1 mM de Cu. A clorofila a reduziu com o aumento da concentração de Cu, diferentemente da clorofila b. A razão clorofila a/clorofila b foi alterada, devido à degradação dos pigmentos fotossintéticos. As reduções dos carotenóides foram mais acentuada do que a de clorofila total. Os valores de extravasamento de eletrólitos variaram de 14 a 82 % e peroxidação lipídica de 7 a 46 nmol.g-1. Flavonóides e carboidratos solúveis mostraram reduções com o aumento da concentração de Cu. Antocianinas, compostos fenólicos e prolina quando submetidas a 0.1 mM de Cu apresentaram aumento, sugerindo adaptabilidade da planta ao estresse causado diretamente pelo metal e espécies reativas de oxigênio. Nas concentrações superiores, possivelmente, ocorreram degradação e/ou modificações diretas destas moléculas. CONCLUSÕES: Os dados sugerem que S. auriculata é provida de um mecanismo eficiente contra estresse causado por Cu na concentração de 0.1 mM. Já nas concentrações mais elevadas (1 e 10 mM), apesar de seu papel como micronutriente, Cu foi tóxico para a planta devido ao comportamento redox deste metal, que leva à formação exacerbada de espécies reativas de oxigênio, induzindo danos severos como degradação de membranas biológicas e desnaturação protéica.
ASSUNTO(S)
peroxidação lipídica antioxidante prolina estresse metal
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