Respostas de crescimento e acúmulo de açúcares solúveis em Inga marginata Willd. (Fabaceae) submetida ao alagamento e sob condições contrastantes de luminosidade

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. J. Biol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

15/08/2016

RESUMO

Resumo As inundações em florestas ripárias do Sul do Brasil, podem ser caracterizadas como imprevisíveis e de baixa magnitude com uma duração média de menos de 15 dias. Inga marginata é uma árvore que cresce no sudeste da América do Sul em uma grande variedade de ambientes, incluindo matas ciliares. Neste trabalho, os efeitos combinados da luminosidade e do e alagamento do solo nos parâmetros morfológicos de I. marginata foram examinados. As plântulas foram aclimatadas em duas condições contrastantes de luminosidade: sol e sombra por 30 dias. Plantas de sol e sombra foram submetidas ao alagamento do solo por dois períodos; cinco ou 15 dias. Após 5 dias, a interação entre a inundação e luminosidade não afetou o crescimento, teor de clorofila e massa seca e a razão raiz-parte aérea. Após 15 dias, plantas de sol sob inundação apresentaram menor massa seca na parte aérea em relação as plantas controle de sol e as plantas alagadas de sombra. Além disso, a maior massa seca observada nas plantas de sombra em comparação com plantas de sol, sob inundação, pode ser diretamente associado com um maior teor de açúcares solúveis. Plantas de sombra de I. marginata mostraram uma maior aclimatação ao encharcamento do solo. Esta aclimatação parece estar associada com um maior acúmulo de açúcares solúveis em comparação com as plantas não-inundadas. As respostas observadas nas plantas de sombra parecem ser determinantes para a indicação do uso de I. marginata em áreas degradadas.

ASSUNTO(S)

alagamento aclimatação massa seca da planta reflorestamento matas ciliares

Documentos Relacionados