Resposta imunológica Th1 e Th2 relacionada à endometriose pélvica

AUTOR(ES)
FONTE

Revista da Associação Médica Brasileira

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

OBJETIVO: Este estudo analisa a relação entre as características clínicas da endometriose e os padrões da resposta imune Th1/Th2. MÉTODOS: Estudo prospectivo realizado com 65 pacientes com endometriose (Grupo A) e 33 pacientes sem a doença (Grupo B). Foram realizadas avaliação no fluido peritoneal e sangue periférico de IL 2, 4 e 10, TNF-alfa e IFN-gama. A significância foi estabelecida em p < 0,05. RESULTADOS: TNF-alfa encontrava-se elevado em pacientes com endometriose que apresentavam dispareunia de profundidade comparado com controle (média 4,5 pg/ml e 2,3 pg/ml, p< 0,05). Dentre essas pacientes (n=32), 65,5% apresentavam endometriose profunda. Pacientes com endometriose e infertilidade apresentavam concentrações maiores de IL-2 no fluido peritoneal quando comparadas com controle (média 5,9 pg/ml e 0,2 pg/ml, p< 0,05), sendo que neste grupo, 63,5% (n=14) apresentavam endometriose profunda. Foi observada também maior concentração de IL-10 nas pacientes que apresentavam endometriose ovariana quando comparadas às sem esse tipo de endometriose, assim como quando comparadas às pacientes do grupo controle (média 50pg/ml, 18,7pg/ml e 25,7pg/ml, p<0,05). CONCLUSÃO: Estes resultados sugerem que quando dados clínicos específicos associam-se a uma produção elevada de certas citocinas, ocorre um padrão de resposta Th1 que pode estar associado à endometriose profunda.

ASSUNTO(S)

endometriose alergia e imunologia citocinas células th1 células th2

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