Resposta à carta "Lesões cerebrais multifocais hiperintensas em T2/DWI na COVID-19 não implicam necessariamente desmielinização"

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Neuro-Psiquiatr.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-01

RESUMO

RESUMO Introdução: A importância do registro simultâneo de eletrocardiograma (ECG) de duas derivações durante o eletroencefalograma (EEG) de rotina foi relatada várias vezes por motivos clínicos. Objetivos: Investigar as taxas de arritmias detectadas em ECG de duas derivações simultâneas em amostra de pacientes submetidos a EEG de rotina, para avaliar impacto nos resultados pela interpretação do ECG simultâneo por examinador experiente. Métodos: Registros simultâneos de ECG de duas derivações durante EEG de rotina realizados entre janeiro e março de 2016 foram analisados retrospectivamente por cardiologista. Adicionalmente, os relatórios de EEG foram selecionados com palavras-chave de ‘arritmia, taquicardia, bradicardia, fibrilação atrial, extrassístole’, para avaliar a interpretação dos neurologistas. Resultados: 478 registros de EEG de rotina foram digitalizados. A idade média dos pacientes foi de 42,8±19,8 [16–95] anos com uma proporção de sexo de 264/214 (F/M). Em 80 (17%) dos pacientes, achados compatíveis com arritmia no ECG simultâneo foram determinados após avaliação do cardiologista. Os subtipos de arritmia detectados foram extrassístole ventricular (n=27; 5,6%), extrassístole supraventricular (n=23; 4,8%), taquicardia (n=9; 1,8%), duração QRS prolongada (n=7; 8,7%), fibrilação atrial (n=6; 1,2%) e bloqueio (n=6; 1,2%), respectivamente. Por outro lado, palavras-chave relacionadas à arritmia foram citadas em 45 (9,4%) dos relatórios de EEG. As declarações relatadas foram taquicardia (3,3%), arritmia (2,5%), bradicardia (2,1%) e extrassístole (1,5%), respectivamente. Conclusões: Uma taxa consideravelmente alta de casos de arritmia foi determinada em ECG simultâneo durante EEG de rotina, após interpretação por cardiologista. No entanto, triagem dos relatórios de EEG revelaram taxas de arritmia relativamente baixas. Esses resultados sugerem que as taxas de detecção de anormalidades no ECG durante EEG de rotina podem ser melhoradas.

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