Respondent driven sampling (RDS) aplicado à populaÃÃo de homens que fazem sexo com homens no Brasil / Respondent driven sampling (RDS) applied to the population of men who have sex with men in Brazil

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

02/04/2012

RESUMO

Os estimadores para parÃmetros populacionais em amostras coletadas pelo mÃtodo de amostragem Respondent Driven Sampling (RDS) sÃo sensÃveis à presenÃa de observaÃÃes ignoradas e tendem a subestimar os parÃmetros populacionais. A ausÃncia de um quadro de amostragem bem definido para a coleta de amostras em populaÃÃes consideradas escondidas e/ou de acesso difÃcil fez com que o RDS se tornasse uma importante ferramenta de vigilÃncia comportamental e biolÃgica nessas populaÃÃes com maior risco para o HIV, em especial no Brasil. Considerado um mÃtodo de amostragem em cadeia de referÃncia, o RDS utiliza informaÃÃes sobre as conexÃes das redes sociais para obter estimadores contingentes assintoticamente imparciais das caracterÃsticas populacionais e a precisÃo desses estimadores. Estudo multicÃntrico de corte transversal para vigilÃncia epidemiolÃgica e comportamental em populaÃÃes de HSH com 18 anos ou mais foi realizado em dez cidades brasileiras (Manaus, Recife, Salvador, Campo Grande, BrasÃlia, Curitiba, ItajaÃ, Santos, Belo Horizonte e Rio de Janeiro) no ano de 2009 e, coleta, em cada municÃpio, uma amostra pelo RDS. Neste estudo, foi oferecido o teste rÃpido para diagnÃstico da infecÃÃo por HIV Ãqueles que aceitam participar de um prÃ-aconselhamento. Todos os participantes foram inquiridos sobre a realizaÃÃo de testes anti-HIV anteriores ao da pesquisa e sobre qual o diagnÃstico obtido. Com a simulaÃÃo de uma variÃvel dicotÃmica (exemplo: sorologia para HIV positiva ou negativa) sem observaÃÃes ignoradas na rede de recrutamento do Rio de Janeiro e posteriores exclusÃes de 18 recrutados, encontra-se que, a amostra com ignorados à avaliada com base em um nÃmero de observaÃÃes significativamente menor que o da amostra original e o parÃmetro em questÃo (prevalÃncia do HIV) à subestimado. Ainda, com a imputaÃÃo Ãnica das sorologias ignoradas, no contexto descritivo, observam-se, nas amostras com imputaÃÃo, marcadores biolÃgicos que indicam valores mais acurados. No estudo multicÃntrico, para o grupo de participantes que autorrelatou sorologia positiva ou negativa para o HIV e realizou teste rÃpido na pesquisa, observa-se para os autorrelatos elevada concordÃncia (0,88) e sensibilidade de 100% com o padrÃo-ouro teste rÃpido para diagnÃstico do HIV. Finalmente, estimando a prevalÃncia para o HIV nas amostras observadas por municÃpio e geral, e, com a proposta da imputaÃÃo pelo autorrelato do HIV positivo e posterior atribuiÃÃo de sorologia HIV +/- mediante trÃs propostas de imputaÃÃes: todos sÃo negativos, proximidade dos participantes na rede de recrutamento e pela regressÃo logÃstica. Encontra-se nas amostras coletadas a estimativa geral da prevalÃncia do HIV igual a 11,1% sendo, por municÃpio, a menor prevalÃncia em Santos (2,6%) e a maior no Rio de Janeiro (17,6%). Com as imputaÃÃes as prevalÃncias tendem a aumentar e as maiores estimativas sÃo encontradas com a imputaÃÃo por meio da regressÃo logÃstica em sete de nove municÃpios avaliados por essa metodologia. A estimativa geral do HIV pela regressÃo logÃstica à 14,2% sendo, por municÃpio, a menor prevalÃncia no Recife (5,2%) e a maior em BrasÃlia (23,7%). A imputaÃÃo da sorologia de infecÃÃo por HIV pela regressÃo logÃstica ocorre por municÃpio e por intermÃdio de um modelo com acurÃcia mÃnima igual a 70%.

ASSUNTO(S)

prevalence hiv seroprevalence social network population vulnerable modelos logÃsticos sensibilidade e especificidade (epidemiologia) estimativa de kaplan-meier anÃlise estatÃstica mÃtodos prevalÃncia soroprevalÃncia de hiv rede social populaÃÃes vulnerÃveis saude coletiva logistic models sensitivity and specificity (epidemiology) kaplan-meier method statistical analysis methods

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