Resistência do algodoeiro a ramulose e variabilidade de Colletotrichum gossypii f. sp. cephalosporioides
AUTOR(ES)
Nascimento, Jefferson Fernandes do, Zambolim, Laércio, Vale, Francisco Xavier Ribeiro do, Berger, Paulo Geraldo, Cecon, Paulo Roberto
FONTE
Summa Phytopathologica
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006-03
RESUMO
A resistência de quatro cultivares e 21 linhagens de algodão a ramulose (Colletotrichum gossypii f. sp. cephalosporioides ) foi avaliada em condições de campo, sob infecção natural, em látice quadrado de 5 x 5 com três repetições, em área onde a doença ocorre endemicamente. As linhagens CNPA 94-101 e CNPA precoce 2 foram empregadas como padrão de suscetibilidade e resistência, respectivamente. Na avaliação empregou-se a incidência (Inc.) e a severidade (notas de um a nove) a qual serviu de base para o cálculo do índice de doença (ID) e a área abaixo da curva do progresso da ramulose (AACPD). O índice de doença variou de 20,0 a 57,1 e a AACPD de 567 a 1627. Os resultados permitiram separar os genótipos em dois grupos dintintos: um formado por duas cultivares e nove linhagens suscetíveis e o outro formado por uma cultivar e doze linhagens resistentes. O índice de doença mostrou crescimento linear em função do tempo para os 25 genótipos estudados. A linhagem (CNPA 94-01-padrão de suscetibilidade) apresentou Inc-83,4, ID-57,1 e AACPD-1627,7; a linhagem CNPA 96-08 apresentou Inc- 37,8, ID-20,0 e AACPD-567,7 a mais resistente. Dentre as cultivares comerciais a IAC 22 foi a mais suscetível, com Inc-69,3, ID-47,3 e AACPD-1322,7. A cultivar resistente padrão apresentou: Inc-45,1, ID-28,9 e AACPD-824,1. Para o estudo da variabilidade de C. gossypii f. sp. cephalosporioides empregou-se dez isolados do patógeno na concentração de 10(5) conídios/mL e nove genótipos de algodoeiro. Adotou-se delineamento em blocos ao acaso com três repetições em esquema fatorial de 9 x 10. A avaliação foi feita trinta dias após a inoculação das plantas, empregando-se uma escala de notas de um a cinco. Calculou-se o ID para se expressar a virulência dos isolados. O isolado MTRM 14 de Mato Grosso teve baixa virulência e o isolado RAV 20 de Minas Gerais foi o mais virulento, com ID 6,3 e 46,7, respectivamente. A linhagem HR e a cultivar Antares foram as mais resistentes com ID 18,3 e 19,1, respectivamente. Mediante análise de agrupamento foi possível separar os isolados em dois grupos: virulentos e de baixa virulência.
ASSUNTO(S)
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