Resistência de Tetranychus urticae Koch (Acari: Tetranychidae) a abamectin: seleção, resistência cruzada e estabilidade de resistência

AUTOR(ES)
FONTE

Neotropical Entomology

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005-12

RESUMO

Estudos envolvendo seleções artificiais com abamectim, relações de resistência cruzada e estabilidade da resistência foram realizados em Tetranychus urticae Koch para fornecer subsídios para um programa de manejo da resistência a abamectim. Seleções artificiais para resistência e suscetibilidade a abamectim foram realizadas em laboratório, utilizando-se uma população de T. urticae, coletada de um cultivo comercial de morangueiro em Atibaia, SP. Após cinco seleções para resistência e cinco seleções para suscetibilidade, foram obtidas as linhagens suscetível (S) e resistente (R) de T. urticae a abamectim. A razão de resistência (CL50 R/ CL50 S) obtida alcançou valores de 342 vezes. A toxicidade de oito acaricidas foi avaliada nas linhagens R e S, observando-se diferenças significativas entre as duas linhagens, para as CL50s dos produtos milbemectin, fempropatrim e clorfenapir. Foram obtidas correlações significativas entre as CL50s de abamectim e milbemectim, indicando resistência cruzada entre esses acaricidas. Não foi detectada resistência cruzada com os acaricidas fempiroximate, ciexatim, propargite e dimetoato. A resistência de T. urticae a abamectim mostrou-se instável na ausência de pressão de seleção. Para todas as populações estudadas (com freqüência inicial de 75, 50 e 25% de ácaros resistentes), a porcentagem de ácaros resistentes caiu para níveis iguais ou inferiores a 15% em seis meses. Os resultados indicam que milbemectim deve ser evitado em programas de manejo da resistência de T. urticae a abamectim.

ASSUNTO(S)

Ácaro rajado manejo da resistência controle químico

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