Resistência de genótipos de meloeiro à mosca-minadora Liriomyza sativae (Blanchard, 1938) (Diptera: Agromyzidae) / Resistance of melon genotypes to the leafminer Liriomyza sativae (Blanchard, 1938) (Diptera: Agromyzidae)

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

03/07/2012

RESUMO

Atualmente, a mosca-minadora Liriomyza sativae (Diptera: Agromyzidae) é uma das principais pragas da cultura do meloeiro no Brasil. É comumente relatado que as moscas-minadoras se tornam pragas devido a um desequilíbrio biológico provocado pelo uso incorreto de inseticidas além do seu grande potencial biótico. Portanto, é fundamental que sejam desenvolvidas estratégias de manejo que atuem em equilíbrio com o ambiente. Assim, a resistência de plantas a insetos assume papel fundamental nesse contexto. Diante desses fatos, a presente pesquisa objetivou avaliar a resistência de genótipos de meloeiro à mosca-minadora. A criação do inseto foi mantida em plantas de feijão-caupi. Foram realizados ensaios preliminares com diferentes números de casais e diferentes tempos de exposição das plantas aos insetos visando determinar a combinação mais adequada para estudos de resistência. Os resultados indicaram que são necessários quatro casais/planta e um tempo mínimo de infestação de 24 horas. Foram testados inicialmente 44 genótipos divididos em cinco grupos, comparados sempre a uma testemunha suscetível (Vereda). Cada grupo foi mantido numa gaiola onde ocorreu a infestação pelos adultos. Após cinco dias, foi avaliado o número de minas por planta, com base no que foi calculado o Índice de Resistência. A partir desse índice, foram selecionados, os oito genótipos mais promissores (os acessos A5, A15, A22, A29, A42 e A44 e as cultivares Mc Laren e Guaporé) para avaliação dos possíveis tipos de resistência envolvidos. No teste de antixenose para oviposição, constatouse que, no teste de livre escolha, todos os genótipos foram menos preferidos para oviposição que a testemunha, enquanto no teste de confinamento os menos preferidos foram os genótipos A5, A22, A29, A42, A44 e Guaporé. Os genótipos A22, A29, A42, A44 e Mc Laren prolongaram a duração do período embrionário do inseto, enquanto a cultivar Guaporé provocou sobrevivência larval nula e Mc Laren prolongou a fase larval e, juntamente com o acesso A44, reduziu a sobrevivência dessa fase. Por outro lado, o acesso A15 foi o que proporcionou a maior duração da fase de pupa, sendo o tamanho pupal reduzido pelos acessos A29, A42 e A44. A maior duração da fase imatura do inseto ocorreu nos genótipos A29 e Mc Laren. Os diferentes genótipos de meloeiro não influenciaram a longevidade, a razão sexual, os períodos de pré-oviposição e de oviposição e a fecundidade total dos adultos de L. sativae. Com base na avaliação do efeito dos genótipos sobre a biologia do inseto, constatou-se que Mc Laren, Guaporé, A22, A29, A42 e A44 apresentam resistência do tipo antibiose e/ou antixenose para alimentação. No ensaio de tolerância, concluiu-se que a quantidade de clorofila nas folhas foi um parâmetro adequado para caracterizar o efeito do ataque de L. sativae sobre o meloeiro; por outro lado, os pesos de matéria fresca e seca e o comprimento do ramo principal não foram parâmetros adequados para avaliação da tolerância. Considerando todos os parâmetros estudados nesse ensaio, os genótipos A44 e Guaporé se comportaram como tolerantes.

ASSUNTO(S)

liriomyza sativae mosca minadora vegetable leafminer accessions cucumis melo genótipos melão pragas de plantas resistance resistência

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