Resistência de Aedes aegypti ao temefós e desvantagens adaptativas

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-10

RESUMO

OBJETIVO Avaliar a resistência de Aedes aegypti ao temefós Fersol 1G (temefós 1% p/p) quanto à desvantagem adaptativa ao inseto, na ausência de pressão de seleção. MÉTODOS Foi aplicada a dose diagnóstica de 0,28 mg i.a/L e concentrações entre 0,28 mg i.a/L e 1,4 mg i.a/L. Foram avaliadas amostras do vetor coletadas no município de Campina Grande entre 2007 e 2008, no estado da Paraíba. Para avaliar a competição na ausência de pressão de seleção, foram constituídos grupos de insetos com frequências iniciais de 20,0%, 40,0%, 60,0% e 80,0% de insetos resistentes, submetendo-os a dose diagnóstica por dois meses. Os ciclos de vida das populações suscetível e resistentes foram comparados avaliando-se as fases de desenvolvimento aquática e adulta, construindo-se tabelas de vida de fertilidade. RESULTADOS Não foram verificadas mortalidades nas populações de Ae. aegypti quando submetidas à dose diagnóstica de 0,28 mg i.a./L. A diminuição da mortalidade nas populações com 20,0%, 40,0%, 60,0% e 80,0% de indivíduos resistentes indica que a resistência ao temefós é instável na ausência de pressão de seleção. A comparação do ciclo de vida mostrou diferenças na duração da fase e viabilidade larval, mas não quanto ao desenvolvimento embrionário, razão sexual, longevidade dos adultos e número de ovos/fêmea. CONCLUSÕES Pelos parâmetros da tabela de vida de fertilidade constatou-se que algumas populações apresentaram desvantagens reprodutivas em relação à população suscetível na ausência de pressão de seleção, havendo custo adaptativo resultante da resistência ao temefós.

ASSUNTO(S)

aedes, crescimento & desenvolvimento temefós, toxicidade resistência a inseticidas controle de insetos dengue, prevenção & controle

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