Resistência antimicrobiana em bactérias isoladas de ambientes aquáticos no Brasil: uma revisão sistemática

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Ambient. Água

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-06

RESUMO

Este artigo tem como objetivo discutir a resistência antimicrobiana em bactérias isoladas de ambientes aquáticos no Brasil, levando em conta os locais de isolamento, os principais agentes antimicrobianos relatados, os genes envolvidos na resistência, os gêneros e espécies bacterianas mais prevalentes e os principais mecanismos de resistência presentes. Trata-se de uma revisão bibliográfica sistemática baseada em literatura especializada por meio de consulta a artigos científicos publicados e selecionados através de busca em bancos de dados da SciELO, PubMed e LILACS. Após o uso dos critérios de inclusão foram selecionados 21 artigos, a maioria (61,6%) do PubMed, com maior prevalência para os trabalhos realizados na região sudeste (71,4%), em ambientes de água doce (71,4%), e com o maior foco para os tanques de cultivo (28,6%). As bactérias Gram-negativas foram as mais estudadas (71,4%) e a espécie Aeromonas spp. foi a mais encontrada (19,0%) nesses estudos. Os antimicrobianos mais frequentemente utilizados foram cloranfenicol (81,0%), gentamicina (76,2%), sulpha/trimetropim (71,4%), ampicilina (61,9%) e tetraciclina (71,4%). E os de maior prevalência de resistência foram cloranfenicol (58,8%), sulpha/trimetropim (78,5%) e ampicilina (84,6%). Percebeu-se que estudos futuros sobre a resistência em outros ambientes aquáticos ainda precisam ser realizados no Brasil, principalmente na região Norte e Nordeste, onde a distribuição irregular das chuvas leva a utilização dos reservatórios como fontes de abastecimento durante o período de estiagem e assim as preocupações quanto aos níveis de qualidade, contaminação e manutenção desses recursos assumem grande importância, à medida que a água é destinada à utilização humana ou para fins produtivos.

ASSUNTO(S)

microrganismos resistência antibiótica poluição da água

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