Resistência à degradação biológica, química e mecânica de materiais resinosos nanoparticulados / Resistance to degradation biological, chemical and mechanical resin materials nanofillers

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

O avanço da Odontologia Estética tem sido impulsionado pela introdução de novos materiais restauradores, tais como os nanoparticulados, os quais têm demonstrado bom desempenho mecânico e excelentes propriedades ópticas. Entretanto, deve-se considerar que os materiais restauradores estão constantemente sujeitos aos desafios térmicos, mecânicos e químicos na cavidade bucal que podem acarretar danos a estes materiais, num processo denominado degradação. Dessa forma, os objetivos nesta tese, composta por 2 capítulos, foram: (1) avaliar a morfologia e a rugosidade de superfície de materiais nanopartículados quando submetidos a biodegradação e abrasão por escovação e (2) avaliar os efeitos do armazenamento em diferentes soluções simuladoras da dieta ácida na rugosidade e dureza de superfície de materiais restauradores. No capítulo 1, vinte espécimes obtidos de cada material (Vitremer, Ketac N100, TPH Espectrum e Filtek Z350) foram divididos em dois grupos de armazenamento (n=10): umidade relativa e bioflime de S. mutans. Após sete dias, todos os espécimes foram lavados em ultrassom para a mensuração da rugosidade de superfície (Ra) e avaliação em microscopia eletrônica de varredura. Seguidamente, o teste de abrasão por escovação foi conduzido no grupo biodegradado e os espécimes reavaliados. Os dados foram submetidos aos testes ANOVA 3 fatores para medidas repetidas e Tukey (p<0.05). Após a biodegradação o ketac N100 apresentou os maiores valores de Ra. Quando as amostras biodegradadas foram submetidas à abrasão por escovação, o compósito Z350 apresentou os menores valores de Ra. No capítulo 2, foram confeccionados espécimes (5mm-diâmetro; 2mm-espessura), dos materiais utilizados no Capítulo 1, os quais foram divididos em 4 grupos (n=30). Após 24h, foram realizados os procedimentos de acabamento e polimento e os testes de dureza Knoop (KHN) e rugosidade de superfície. Seguidamente, cada grupo foi dividido em 3 subgrupos (n=10) de acordo com o meio de armazenagem: saliva artificial, suco de laranja e Coca-Cola®. A rugosidade de superfície e dureza Knoop dos espécimes foram reavaliadas após 30 dias de armazenamento e os dados submetidos aos testes ANOVA 3 fatores para medidas repetidas e Tukey (p<0,05). Os compósitos apresentaram menor Ra e maior KHN que os materiais ionoméricos em todas as situações estudadas. Após a degradação química, a diminuição significativa da KHN foi observada para todos os materiais, enquanto o aumento da Ra foi observado nos materiais ionoméricos armazenados em Coca-Cola® e suco de laranja. O compósito Z350 apresentou valores similares de KHN após a erosão qualquer que fosse a solução de armazenamento. Para os outros materiais, a Coca-cola e o suco de laranja provocaram maiores reduções nos valores de KHN. Com base nos resultados obtidos pode-se concluir que nanopartículas incorporadas aos materiais estudados exerceram influência significativa para a obtenção de maior resistência frente à degradação biomecânica. No entanto, a presença de nanopartículas não influenciou na resposta à erosão quanto à rugosidade e dureza Knoop

ASSUNTO(S)

resinas compostas cimentos de ionomeros de vidro biofilme rugosidade de superfície composite resins glass ionomer cements biofilm surface roughnes

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