Resistência à cochonilha do carmim em clones de palma forrageira.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

17/02/2011

RESUMO

Os trabalhos que compõem esta tese têm como objetivo identificar a variabilidade genética entre clones de palma forrageira e comprovar a resistência à cochonilha do carmim em plantas cultivadas in vitro. Foram realizadas observações quanto à fixação de colônias sobre os cladódios de 20 clones de palma forrageira a partir de uma escala de notas, variando de zero a cinco, sendo zero a ausência de infestação e cinco o maior nível de infestação. Utilizou-se a Metodologia de Modelos Mistos para a obtenção da Melhor Predição Linear Não Tendenciosa (BLUP) dos efeitos genotípicos e o processo da Máxima Verossimilhança Restrita (REML) para a estimação dos componentes de variância e dos parâmetros genotípicos. Verificou-se alta variabilidade genética entre o material genético avaliado, conforme depreende-se das estimativas do coeficiente de variação genotípica (26,73%) e da herdabilidade (72%), que indicam condições favoráveis à seleção, as quais podem conduzir a avanços genéticos consideráveis. Os clones Miúda e Orelha de Elefante Africana foram classificados como resistentes com valor relativo superior a 95%. Na segunda parte do trabalho, plantas dos clones Orelha de Elefante Mexicana, IPA Sertânia e Gigante, provenientes da micropropagação, foram submetidos à infestação artificial com ninfas da cochonilha Dactylopius opuntiae para comprovação da resistência a essa praga, após cultivo in vitro. Aos sete, 14, 21, 28 e 35 dias após a infestação, realizaram-se observações quanto à fixação dos insetos sobre as plantas. Amostras das plantas foram colocadas em fixador FAA 50 para confecção de lâminas histológicas. Mediu-se a área da epiderme e do parênquima. Verificou-se que nenhuma ninfa se estabeleceu sobre os clones Orelha de Elefante Mexicana e IPA Sertânia e que 65% das plantas do clone Gigante estavam mortas aos 35 dias em decorrência dos danos causados pelas cochonilhas. Não houve mortalidade de nenhuma das plantas dos materiais considerados resistentes. Foi verificada diferença significativa para espessura da epiderme e o clone Gigante apresentou maior espessura. Dessa forma não se comprova a teoria de que a resistência à cochonilha do carmim está relacionada ao aspecto anatômico de espessura da epiderme.

ASSUNTO(S)

biotecnologia forragem ganho de seleção parâmetros genéticos resistência à praga semiarido palma forrageira cochonilha do carmim zootecnia biotechnology forage gain selection genetic parameters semiarid

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