REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE O SOFRIMENTO MENTAL E OS MODELOS DE TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO: O OLHAR DOS FAMILIARESCUIDADORES E DOS TRABALHADORES EM SAÚDE MENTAL DE PONTA GROSSA PR

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

03/02/2011

RESUMO

Esta dissertação tem como objeto de estudo as representações sociais do sofrimento mental de familiares-cuidadores e dos profissionais em saúde mental e os modelos de tratamento psiquiátrico no município de Ponta Grossa, PR. Durante quase quarenta anos Ponta Grossa foi a cidade sede do Hospital Psiquiátrico Franco da Rocha (HPFR). Ele foi inaugurado m 1967 e encerrou suas atividades em 2004. Dos 274 leitos à época do fechamento da instituição, 260 eram conveniados ao Sistema Único de Saúde SUS e destinavam-se a prestar atendimento às pessoas em sofrimento mental dos doze municípios que compõem a 3 Regional de Saúde PR. Em substituição ao modelo asilar representado pelo HPFR, em setembro de 2006 foi inaugurado o Centro de Atenção Psicossocial II Transtorno Mental CAPS II TM, pautado na Lei Federal n. 10.216, que preconiza ações voltadas para um modelo de tratamento psicossocial de inclusão sócio-familiar. Tornou-se necessário, a partir daí, que os atores sociais envolvidos diretamente em questões de doença e saúde mental - sobretudo familiares de pessoas em sofrimento mental e profissionais em saúde mental - repensassem a forma de atenção psiquiátrica. Nesta dissertação, trazemos resultados de pesquisa que visou identificar as representações sociais do sofrimento mental e tratamento elaboradas por 04 cuidadores de indivíduos que viveram a experiência da internação no HPFR, no período de 1979 a 1994, e que, hoje, a partir das novas políticas de atendimento em saúde mental, frequentam o CAPS. A pesquisa objetivou também investigar as representações sociais de três profissionais da equipe do CAPS e dois profissionais que vivenciaram no seu cotidiano os dois modelos terapêuticos. Os cuidadores e esses dois profissionais investigados são por nós considerados sujeitos sociais significativos, pois viveram com intensidade o modelo hospitalocêntrico e, nos últimos quatro anos, têm experimentado as transformações do tratamento sob a égide da Reforma Psiquiátrica. Mudanças e permanências em relação à representação social do fenômeno loucura‟ são identificadas no conteúdo das falas dos familiares e profissionais, com ênfase, no entanto, a certas rupturas trazidas pela Reforma Psiquiátrica.

ASSUNTO(S)

saúde mmenta reforma psiquiátrica caps (centro de atenção psicossocial) representação social família mental health psychiatric reform caps (centro de atenção psicossocial) social representation family ciencias sociais aplicadas

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