Reposição volemica precoce em um modelo quase fatal de choque hemorragico experimental

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

Embora vários modelos experimentais de choque hemorrágico tenham avaliado os efeitos da reposição volêmica, nenhum estudo foi realizado em um modelo baseado em parâmetros hemodinâmicos e metabólicos. Neste modelo experimental quase fatal, foi avaliada a resposta hemodinâmica e metabólica à infusão de dois tipos de solução. Objetivos: Avaliação de dois tipos de solução na ressuscitação do choque hemorrágico em modelo experimental quase fatal e metabolicamente controlado. Material e Métodos: Trinta porcos jovens, com peso médio de 20 a 25Kg, da raça Large-White foram anestesiados, entubados e mantidos sob sedação com Halotano inalatório a 0,5%, em respiração espontânea. Monitorização hemodinâmica com o cateter de Swan-Ganz e metabólica por gasometria (IL-1640) e lactimetria (Accusport®). Três grupos foram estudados. O grupo I (grupo controle, n=10), sem sangramento; grupo II (HES, n=10), submetidos à hemorragia controlada até se atingir uma PAM de 30mmHg e lactato de 10 mM/L, quando foi iniciada a ressuscitação com reposição de volume (7ml/Kg de Amido Hidroxietílico 130/0,4 a 6%, seguida de 33ml/Kg de solução de Ringer Lactato e retransfusão); grupo III (Ringer Lactato), submetidos à hemorragia controlada até se atingir uma PAM de 30mmHg e lactato de 10 mM/L, quando foi iniciada a ressuscitação com reposição de volume (40ml/Kg de solução de Ringer Lactato (RL) e retransfusão). Foram colhidas amostras em quatro tempos distintos: T0: pré-choque, T1: choque, T2: pós-reposição volêmica com HES e RL (grupo II) ou só RL (grupo III); T3: 30 minutos após retransfusão do sangue. Resultados: Todos os parâmetros hemodinâmicos (DC, PAM) e metabólicos avaliados (lactato, diferença de base, delta-PCO2, delta pH e PO2 venosa mista) exibiram melhores resultados com a infusão do colóide. Seis dos animais ressuscitados com RL estavam vivos 24 horas após o choque. Todos os animais ressuscitados com colóide sobreviveram. Conclusão: A reposição volêmica precoce com HES no choque hemorrágico experimental quase fatal resulta em melhor recuperação hemodinâmica e metabólica do que a solução cristalóide

ASSUNTO(S)

choque hemorragico trauma

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