Repetição da punção por agulha fina para o diagnóstico e seguimento de nódulos de tireoide

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. j. otorhinolaryngol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-10

RESUMO

INTRODUÇÃO: A classificação de Bethesda para relatórios citológicos de tireoide oferece recomendações clínicas para cada categoria diagnóstica, incluindo a repetição do exame de punção para exames citológicos não diagnósticos (ND) e atipia/lesão folicular de significado indeterminado (A/FLUS). Todavia, a repetição da punção para pacientes com exame citológico inicial benigno ainda é discutida. OBJETIVO: Investigar a validade da punção repetida para o manejo de pacientes com nódulos tireoidianos. MÉTODO: Estudo longitudinal histórico avaliando 412 pacientes consecutivos com biópsias aspirativas repetidas de nódulos da tireoide após exame inicial ND, A/FLUS, ou benigno. RESULTADOS: A citologia não diagnóstica foi a indicação mais comum para um exame repetido em 237 pacientes (57,5%), seguida por citologia inicial benigna (36,8%) e A/FLUS (5,6%). Um exame repetido alterou o diagnóstico inicial de 70,5% e 78,3% dos pacientes com citologia inicial não diagnóstica e A/FLUS, respectivamente, enquanto apenas 28,9% dos pacientes com uma citologia inicial benigna apresentaram um diagnóstico diferente em uma punção sequencial. CONCLUSÕES: Repetir a punção aspirativa é um procedimento válido para pacientes com citologia inicial não diagnóstica ou atipia/lesão folicular de significado indeterminado, mas seu uso rotineiro em pacientes com exame inicial benigno parece não aumentar a probabilidade de malignidade para este grupo.

ASSUNTO(S)

glândula tireoide neoplasias da glândula tireoide biópsia por agulha fina neoplasias de cabeça e pescoço

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