Remoção dos interferentes endócrinos 17 alfa -etinilestradiol, 17 beta -estradiol e 4-nonilfenol por adsorção em carvão ativado em pó em água de abastecimento público / Adsorption of the endocrine disruptors 17 alfa -ethinylestradiol, 17 `beta -estradiol and 4-nonylphenol by powdered activated carbon in drinking water
AUTOR(ES)
Mariana Rodrigues Peres
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
30/08/2011
RESUMO
Nas últimas décadas, verifica-se um crescente interesse científico a respeito dos potenciais adversos associados à exposição humana e animal aos interferentes endócrinos. A ocorrência de interferentes endócrinos em efluente de Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) e em águas superficiais constitui um crescente interesse científico devido à probabilidade de que esses micropoluentes não sejam removidos nos processos físico-químicos empregados em Estação de Tratamento de Água (ETA) convencional. A adsorção em carvão ativado tem sido apontada com uma opção para a remoção de interferentes endócrinos em ETA. O presente trabalho avaliou a adsorção do estrógeno natural 17?-estradiol (E2), do estrógeno sintético 17?-etinilestradiol (EE2) e do xenoestrogênio 4-nonilfenol (NP) por carvão ativado em pó (CAP) em água deionizada e água bruta do rio Atibaia. Os procedimentos analíticos empregados foram extração em fase sólida e análise por cromatografia gasosa acoplada a detector de massas (CG-EM). O modelo de Freundlich foi o que melhor representou a adsorção dos compostos nos carvões ativados usualmente aplicados nas estações de tratamento de água de Campinas-SP. Em água deionizada, a remoção mais significante dos compostos foi observada na dosagem de CAP equivalente a 15 mg/L, alcançando níveis de remoção da ordem de 95%. Os resultados obtidos nos ensaios com água bruta demonstraram que a dosagem de 10 mg/L apresenta eficiência superior a 77% na remoção dos interferentes endócrinos da água do manancial. Observou-se que o CAP com número de iodo superior a 800 mg/g apresentou, de modo geral, as melhores eficiências de remoção, favorecendo a adsorção dos compostos nos microporos do carvão. Considera-se que, embora ainda não exista legislação em vigor no Brasil que limite a presença desses micropoluentes na água de abastecimento público, recomenda-se que a adição de CAP seja realizada pelo princípio da precaução
ASSUNTO(S)
interferentes endocrinos Água - estações de tratamento Água - qualidade agua - purificação - adsorção endocrine disrupting chemicals water treatment plant water quality water
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=000817224Documentos Relacionados
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