Remoção de amônia em lixiviado de aterro sanitário como estruvita
AUTOR(ES)
Fernando Augusto Moreira
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
06/11/2009
RESUMO
No Brasil, a grande extensão territorial, aliada ao baixo custo operacional, tem favorecido o emprego de aterros sanitários, que progressivamente vêm substituindo os antigos lixões. Cerca de 95 % dos resíduos sólidos urbanos (RSU) coletados em todo mundo são tratados em aterros sanitários. Esta técnica consiste na disposição sobre terreno natural e no confinamento em camadas cobertas por material inerte onde, por meio de processos físico-químicos e biológicos ocorre a degradação da fração orgânica dos RSUs. O líquido gerado da degradação, combinado com a água de chuva, origina um líquido percolado altamente contaminado, o lixiviado de aterro sanitário. O lixiviado de aterro sanitário têm sido amplamente estudado por apresentar características refratárias, em função da baixa relação DBO5:DQO em lixiviados estabilizados e da elevada concentração de nitrogênio amonical, sendo esta substância uma das principais responsáveis pelo caráter tóxico do mesmo. A limitação apresentada pelos processos biológicos no que diz respeito à remoção de materia orgânica e do próprio nitrogênio, tem motivado o estudo de processos físico-químicos para remoção de amônia merecendo destaque a precipitação na forma de estruvita (PAM). Esta técnica consiste em realizar a reação do cátion amônio presente no lixiviado com os íons fosfato e magnésio em proporções equimolares, promovendo a formação de um sólido. No presente trabalho foi possível verificar que o maior obstáculo para difusão desta técnica é o alto consumo dos sais responsáveis pelo fornecimento dos íons fosfato e magnésio, uma vez que condições de supersaturação do meio são importantes para obter o rendimento mínimo necessário ao enquadramento da concentração de amônia nos limites estabelecidos na legislação brasileira. Tendo em vista a redução de custo, foram realizados ensaios utilizando resíduos industriais, atualmente sem aplicação, que contenham os íons fosfato e magnésio. Os resultados indicam que o uso de resíduos industriais previamente processados e aplicados nas proporções mínimas obtidas no estudo permite obter 76% de eficiência na remoção de amônia, comprovando que é possível o uso de tais resíduos no processo citado
ASSUNTO(S)
engenharia sanitária teses. resíduos sólidos teses. meio ambiente teses.
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/1843/ENGD-7YALHADocumentos Relacionados
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