Relatos de usuarios de saude mental em liberdade : o direito de existir

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2000

RESUMO

Em 1989 o único hospital psiquiátrico da Baixada Santista - SP sofria intervenção municipal, após denúncias de maus-tratos e violência. Nos anos seguintes governo, trabalhadores, usuários, familiares e comunidade operaram uma grande transformação no modelo de assistência.Criaram- se diversos serviços abertos no território que substituíram o manicômio que foi, então, fechado em 1994 e os pacientes puderam ser tratados perto de suas casas e de sua família de uma forma integral, isto é, considerando os seus momentos de crise e os de reconstrução de sua cidadania. O objetivo deste trabalho foi investigar qual a compreensão que os usuários tiveram dessas duas experiências. A contextualização foi feita considerando-se o asilo como o lugar onde nasceu e se consolidou a psiquiatria, devendo então a realidade do doente ser referida às suas duas faces: a psicopatológica e a da exclusão. O processo de desinstitucionalização ocorrido em Santos foi descrito em seus aspectos teóricos e práticos e localizado dentro de um cenário maior, a Reforma Psiquiátrica no Brasil. A metodologia utilizada foi dos relatos orais de sete pacientes egressos da Casa de Saúde Anchieta e freqüentadores de um dos novos serviços na comunidade e através da qual foi possível identificar principais acontecimentos e valores que marcaram suas trajetórias de reabilitação

ASSUNTO(S)

historia oral saude mental

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