Relato de detecção de DNA de Chlamydia trachomatis em tecidos de casos de óbito neonatal

AUTOR(ES)
FONTE

J. Pediatr. (Rio J.)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-04

RESUMO

OBJETIVO: determinar se a C. trachomatis está presente em neonatos com infecção, porém sem patógeno isolado, que morreram durante a primeira semana de vida.MÉTODOS: casos de óbito neonatal precoce cujas causas de óbito haviam sido anteriormente determinadas pelo Comitê de Mortalidade da instituição foram aleatoriamente selecionados. Foram utilizadas as reações em cadeia da polimerase convencional e em tempo real do gene omp1 da C. trachomatis, para identificar, às cegas, a presença de DNA de clamídia nas amostras desparafinizadas de cinco órgãos (de autópsias autorizadas) de cada um dos neonatos mortos. Além disso, foram realizados diagnósticos diferenciais por amplificação de um fragmento do rRNA 16S de Mycoplasma ssp.RESULTADOS: em cinco casos (35,7%) a presença de DNA de C. trachomatis foi detectada em um ou mais órgãos. Havia infecção neonatal grave em três casos; um deles correspondente ao genótipo D de C. trachomatis. Curiosamente, outro caso preencheu os mesmos critérios, porém possuía uma reação em cadeia da polimerase positiva para Mycoplasma hominis, um patógeno conhecido por causar sepse em recém-nascidos.CONCLUSÃO: a utilização de técnicas de biologia molecular nos casos de mortalidade infantil precoce mostrou que a C. trachomatis poderia desempenhar um papel no desenvolvimento de infecção grave e no óbito neonatal precoce semelhante ao observado com a Mycoplasma hominis. São necessários estudos adicionais para determinar a patogênese dessa infecção perinatal.

ASSUNTO(S)

chlamydia trachomatis reação em cadeia da polimerase recém-nascido sepse mortalidade

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