Relações tritroficas envolvendo lonqueideos e tefritideos (Diptera: Tephritoidea) e seus parasitoides (Hymenoptera: Chalcidoidea) em Monte Alegre do Sul-SP e Campinas-SP

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

A partir de coletas de frutos de goiaba (Pidium guajava) L., nêspera (Eryobotria japonica) Lindl., pêssego (Prunus persie) Sieb.&Zuc., maracujá (Passiflora edulis) Sims.,botões florais de maracujás, coletados na Estação Experimental do IAC em Monte Alegre do Sul; e jiló (Solanum gilo) e pimenta (Capsicum sp.) coletados no Sítio Nishimura Rodovia Campinas-Mogi-Mirim durante os anos de 2002 e 2003 foram obtidos pupas e adultos de Anastrepha Schiner (Díptera: Acalyptratae: Tephriritdae), Neosilba e Dasiops (Díptera: Acalyptratae: Lonchaeidae), braconídeos (Hymenoptera: Braconidae) e Eucoilinae (Hymenoptera: Cynipoidea: Figitidae).Os frutos maduros colhidos das respectivas plantas, goiabas e nêsperas também colhidos do solo; foram levados ao Laboratório de Entomologia L2-A do Departamento de Parasitologia do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas; onde foram individualizados, pesados e acondicionados em recipientes contendo uma camada de 5 cm de vermiculita umedecida, etiquetados e fechados com uma tela de organza a fim de impedir a saída das larvas de lonqueídeos em estágio de pré-pupa. Cada recipiente continha apenas 01 fruto; para cada espécie de fruto e botão floral coletado foram individualizados 10 exemplares. O restante foi pesado, colocado em recipientes maiores, contendo uma camada de 5 cm de vermiculita umedecia, etiquetados e fechados com uma tela de organza; cada recipiente contendo somente frutos da mesma espécie.Após 35 dias os pupários e adultos dos lonqueídeos e tefritídeos presentes foram retirados juntamente com os hymenópteros e procedeu-se a identificação dos exemplares de lonqueídeos, segundo McAlpine &Steryskal (1982) e dos hymenópteros segundo chave de identificação de Canal, Dazza e Zucchi, R. A. do livro Moscas-das-frutas de importância econômica no Brasil (2002). Para a identificação dos exemplares foi utilizado um microscópio esteroscópico ZEISS. A análise estatística multivariada ANOVA foi feita utilizando-se o programa MINITAB (1996).Foi evidenciada a predominância de lonqueídeos; Neosilba zadolicha McAlpine &Steyskal (1982) em frutos de maracujá, Dasiops inedulis Norrbom &McAlpine (1996) em botões florais de maracujá, N. zadolicha, Neosilba certa (Walker) e Neosilba glaberrima Wied. em pimenta a jiló. Neosilba pendula (Bezzi) foi a espécie predominante entre os lonqueídeos em pêssegos e nêsperas coletadas das plantas e do solo. D. inedulis e as espécies de Neosilba são atacadas pelos mesmos parasitóides, todos eucoilíneos, excetuando-se Odontosema albinerve (Kieffer) que não apareceu em D. inedulis.Em frutos de goiaba, nêspera e pêssego a predominância do gênero Anastrepha foi evidente, assim como a predominância das espécies de Braconidae entre os parasitóides presentes. Em goiaba, em alguns períodos amostrados a quantidade de tefritídeos chegou a ser 100 vezes maior que a de lonqueídeos. Não foram observados braconídeos atacando lonqueídeos, nos frutos onde apareceram apenas exemplares de lonqueídeos. Nos botões florais de maracujá, não se obteve espécimens de braconídeos, apenas de eucoilíneos.Entre os eucoilíneos, Aganaspis pelleranoi (Brèthes) mostrou um comportamento mais generalista, atacando tanto lonqueídeos quanto tefritídeos, Lopheucoila anastrephae (Rhower) também apresentou este comportamento, em menor intensidade.Dentre os eucoilíneos foram obtidos exemplares de A. pelleranoi, L. anastrephae, O. albinerve, Trybliographa infuscata Gallardo, Diaz &Uchoa, Dicerataspis grenadensis Ashmead e Leptopilina boulardi (Barbotin, Carton &Kelner-Pillaut), destes A. pelleranoi e L. anastrephae foram os mais abundantes freqüentes.Dentre os braconídeos foram obtidos exemplares de Doryctobracon areolatus (Szépligeti), Doryctobracon brasiliensis (Szépligeti), Utetes anastrephae (Viereck), Opius sp., da subfamília Opiinae e Asobara anastrephae (Müsebeck) da subfamília Alysiinae. A espécie mais freqüente e numerosa foi D. areolatus

ASSUNTO(S)

mosca-das-frutas parasito

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