“Relações Perigosas”: Walter Benjamin e Carl Schmitt no crepúsculo de Weimar

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Direito Práx.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-09

RESUMO

Resumo Enzo Traveso analisa a relação entre Walter Benjamin e Carl Schmitt no contexto da crise europeia dos anos 1930. Benjamin consagrou a Schmitt algumas passagens de seu livro sobre o drama barroco alemão (1928) e em 1930 escreveu a ele uma carta em que enfatizou suas afinidades com o teórico da ditadura e do decisionismo. Schmitt não respondeu a carta, mas a conservou e esta tornou-se a base de suas discussões com o filósofo judeu-alemão Jakob Taubes após a 2ª Guerra Mundial. Traverso sublinha a impossibilidade de diálogo entre a forma revolucionária do messianismo judaico defendido por Benjamin e a forma conservadora da Teologia Política elaborada por Schmitt. Ambos dividiam uma visão da história como uma catástrofe crescente e reivindicaram a necessidade de uma decisão política, mas suas terapias eram radicalmente opostas: Benjamin identificou o advir da era messiânica com a revolução proletária, enquanto Schmitt acolheu o nazismo como uma espécie de moderno katechon (o vencedor do Anticristo na tradição católica). (Resumo enviado pelo autor aos editores que toma como base a tradução espanhola de seu texto)

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