Relações entre a riqueza do zooplâncton e a área em lagos brasileiros: comparando lagos naturais e artificiais e tendências

AUTOR(ES)
FONTE

Acta Limnol. Bras.

DATA DE PUBLICAÇÃO

14/11/2018

RESUMO

Resumo Objetivo Nós analisamos as relações entre a riqueza de espécies zooplanctônicas e a área de 34 lagos naturais e 55 artificiais no Brasil (total de 89), lagos com tamanhos variando entre 0,01 e 2430 km2. Métodos Foram consultados 33 artigos disponíveis na bibliografia especializada, contendo dados de zooplâncton amostrados nas zonas limnéticas, analisados nesse estudo por meio de estatísticas descritivas, correlação de Spearman e regressão não-linear. Resultados A relação entre a riqueza de espécie zooplanctônicas e a área de lagos brasileiros depende do tamanho e do tipo de ambiente. Contradizendo aspectos biogeográficos teóricos, em ambientes pequenos (até 6 km2) não há influência significativa da área sobre a riqueza, em lagos naturais e artificiais (reservatórios e açudes). Lagos naturais apresentam maiores riquezas e variação de habitat independente do tamanho, possivelmente devido a composição mais diversa de nichos. Grandes lagos naturais são escassos no Brasil, mas em reservatórios, a area e a riqueza do zooplâncton são positivamente correlacionadas em uma escala intermediária, até 39 km2, um ponto crítico de tamanho de área para que a riqueza estabilize. Conclusões Para lagoas artificias de tamanho grande ou intermediário no Brasil há um ponto no qual a riqueza estabiliza, como esperando nas teorias biogeográficas. Porém em ambientes pequenos não há evidências dessa relação. Também foi observados que lagos naturais exibem valores de riqueza maiores e mais variados do que os artificiais.

ASSUNTO(S)

cladocera copepoda ecologia diversidade

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