Relação espacial entre o estojo córneo e a falange distal em éguas Campolina adultas com e sem obesidade

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Bras. Med. Vet. Zootec.

DATA DE PUBLICAÇÃO

13/12/2019

RESUMO

RESUMO A laminite endocrinopática tem acometido um número crescente de equinos com sinais de obesidade. Em um estudo recente com fêmeas jovens (até cinco anos) da raça Campolina, demonstraram-se indícios de alterações no dígito, ainda discretas, aparentemente associadas ao aumento da adiposidade. Com a hipótese de que essa associação é mais evidente em animais em faixa etária superior, o objetivo do presente estudo foi estudar éguas adultas (acima de cinco anos) da raça Campolina com e sem obesidade, avaliando-se radiograficamente a relação espacial entre estojo córneo e falange distal. Foram utilizadas 27 éguas entre seis e 14 anos de idade, sendo analisadas variáveis de adiposidade e medidas radiográficas dos cascos dos membros torácicos de equinos com escore corporal de 5 a 7/9 (grupo controle) e de 8 a 9 (grupo obeso). Foram feitas comparações entre os grupos e correlacionaram-se as variáveis de adiposidade com variáveis casco. A distância de afundamento da falange distal foi cerca de 20% superior nas éguas obesas (12,3±2,5 contra 10,2±2,2mm no grupo controle). Esse parâmetro também correlacionou (P<0,01) com vários parâmetros de adiposidade, com destaque para o escore de condição corporal (r=0,47) e a circunferência de pescoço a 75% (r=0,42). Os resultados corroboram estudos prévios que demonstraram associação entre obesidade e indícios de separação entre falange distal e estojo córneo em equinos de raças nacionais, comprovando, assim, a utilidade da avaliação radiográfica nesses animais. Em conclusão, éguas da raça Campolina com obesidade possuem alterações evidentes na relação espacial entre estojo córneo e falange distal, que se intensificam com o aumento da idade e da adiposidade.ABSTRACT In a recent study with young females (up to 5 years old) of the Campolina breed, there were discrete indications of alterations in the digit, apparently associated to the increase in adiposity. With the hypothesis that this association is more evident in horses in the upper age group, the objective was to study Campolina adult mares (above 5 years) with and without obesity, evaluating radiographically the spatial relationship between the horn and distal phalanx. Eighteen mares between six and fourteen years and with a body score of 5 to 7/9 (Control Group) and 8 to 9 (Obeso Group) were used. Adiposity and radiographic measurements from the forelimbs were analyzed. Comparisons were made between groups and adiposity variables were correlated with hoof variables. The sinking distance of the distal phalanx was about 20% higher in obese mares (12.3±2.5 versus 10.2±2.2mm). This parameter also correlated (P< 0.01) with several adiposity parameters, with emphasis on body score condition (r= 0.47) and neck circumference at 75% (r= 0.42). In conclusion, Campolina mares with obesity have obvious alterations in the spatial relation between the corneal and the distal phalanx, which get intense according to increases in age and adiposity.

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