Relação entre o tamanho da glândula ácida e a quantidade de veneno produzido em abelha africanizada, Apis mellifera L. (Hymenoptera: Apidae), na região de Dourados, MS

AUTOR(ES)
FONTE

Neotropical Entomology

DATA DE PUBLICAÇÃO

2006-04

RESUMO

O cruzamento das abelhas africanas com as européias no Brasil resultou num híbrido altamente defensivo. A glândula ácida é importante na expressão dessa característica, por ser responsável pela produção do veneno. Variações morfológicas na glândula poderiam influenciar na quantidade do mesmo. Assim, analisou-se a morfologia glandular, a quantidade de veneno produzida, e suas características genéticas. A glândula e o reservatório de veneno foram extraídos das operárias, sendo a primeira disposta sobre lâmina histológica para mensuração e o conteúdo do reservatório, extravasado sobre lamínula para pesagem. Os resultados foram submetidos a análise de regressão, buscando verificar a influência do tamanho glandular na quantidade de veneno, e ao Teste Z, para avaliar as diferenças entre as médias. Os fenótipos foram avaliados de acordo com proposta existente na literatura. O comprimento glandular variou de 7,42 mm a 20,33 mm, a quantidade de veneno de 0,19 mg a 0,34 mg e, quanto às características genéticas, 63,3% das colônias possuíam operárias com glândulas grandes. Em 53,3% das colônias, 90% da população apresentava glândula simples, sugerindo a ação do processo evolutivo na perda da ramificação, uma vez que a presença de ramificações indica primitividade. A produção do veneno está associada ao comprimento glandular e a ramificação não influencia na quantidade do mesmo. Não houve diferença estatística entre o tamanho das glândulas ramificadas e simples ou na quantidade de veneno produzido por elas, assim as glândulas grandes podem favorecer a exploração comercial do veneno por produzi-lo em maiores quantidades.

ASSUNTO(S)

abelha de mel apitoxina morfometria glândula de veneno ferrão

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