Relação entre o número de crises epilépticas registradas em vídeo-EEG e o resultado cirúrgico na epilepsia refratária do lobo temporal
AUTOR(ES)
Sainju, Rup Kamal, Wolf, Bethany Jacobs, Bonilha, Leonardo, Martz, Gabriel
FONTE
Arq. Neuro-Psiquiatr.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012-09
RESUMO
INTRODUÇÃO: O planejamento cirúrgico para epilepsia refratária do lobo medial temporal (rMTLE) depende da localização da região de origem das convulsões por meio do eletroencefalografia (EEG) ictal. Múltiplos fatores podem influenciar o número de crises registradas. Neste artigo, avaliamos se a obtenção de liberdade de crises epilépticas no pós-operatório se relaciona com o número de crises epilépticas registradas durante a avaliação pré-operatória e os fatores que afetam tal resultado. MÉTODOS: Foram coletados dados de 32 pacientes com rMTLE que foram submetidos à lobectomia temporal anterior. A análise principal avaliou o número de convulsões captadas como fator preditivo do resultado cirúrgico, e as análises subsequentes exploraram outros fatores que podem ter afetado o resultado cirúrgico. RESULTADOS: O número de convulsões registradas não mostrou valor preditivo para resultados livres de crises. Foi registrado maior número de convulsões quando houve: maior número de dias em que ocorreram crises (p<0,001); salvas de convulsões (p<0,011); e localização subótima da origem das crises (PLSz) (p=0,004). O modelo de regressão mostrou tendência para os indivíduos com um menor número de crises pobremente localizadas terem um melhor desfecho cirúrgico (p=0,052). CONCLUSÕES: O número total de crises registrado não afeta o desfecho cirúrgico, que possivelmente é influenciado por múltiplos fatores. Pacientes com mais PLSz têm maior possibilidade de pior resultado cirúrgico.
ASSUNTO(S)
epilepsia lobo temporal cirurgia de epilepsia eletroencefalografia
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