Relação entre o nevo melanocítico congênito pequeno e melanoma cutâneo
AUTOR(ES)
Maia, Marcus, Russo, Carla, Ferrari, Nelson, Jorge, Douglas, Ribeiro, Manoel Carlos S. de A., Muller, Helena, Di Giunta, Gabriela
FONTE
Anais Brasileiros de Dermatologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2003-04
RESUMO
FUNDAMENTOS: O risco da ocorrência, de Melanoma Cutâneo (MC), no Nevo Melanocítico Congênito Pequeno (NMCP) (< 3 cm), não tem sido motivo de estudos freqüentes ou mesmo recentes. A conduta a respeito de tais lesões ainda não apresenta nenhum consenso. OBJETIVOS: o propósito deste estudo foi avaliar a freqüência do melanoma cutâneo originado em Nevo Melanocítico Congênito Pequeno, e discutí-lo em relação a literatura, com propósitos de conduta prática. CASUÍSTICA E MÉTODOS: de um total de 204 pacientes, com Melanoma Cutâneo, foram selecionados aqueles cuja doença foi originada de um Nevo Melanocítico Congênito Pequeno. O critério de inclusão foi clínico, baseado na informação do paciente. RESULTADOS: Do total de 204 pacientes, 44(21,6%) com Intervalo de Confiança (IC) de 12,2 a 28,0% , resultaram da transformação de um Nevo Congênito Melanocítico Pequeno. Nenhum caso ocorreu antes dos vinte anos e não houve uma faixa etária preferencial de transformação. CONCLUSÕES: O Nevo Congênito Melanocítco Pequeno é precursor do Melanoma Cutâneo; a transformação, provavelmente, não ocorre antes da puberdade; o risco de transformação, após a puberdade, parece existir de forma homogênea por toda a vida. Sugestão: a excisão deve ser realizada no início da puberdade.