Relação entre o controle postural estático e o nível de habilidades funcionais na paralisia cerebral

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. J. Phys. Ther.

DATA DE PUBLICAÇÃO

18/07/2014

RESUMO

Contextualização: Os déficits de controle postural em crianças com PC podem comprometer suas atividades na rotina diária. Objetivo: Verificar a relação entre o controle postural em ortostatismo de crianças com PC e suas habilidades funcionais. Método: O controle postural de dez crianças PC (GMFCS I e II) foi avaliado em ortostatismo na plataforma de força por 30 segundos. Variáveis analisadas: deslocamento ântero-posterior e médio-lateral do centro de pressão (CoP), área e velocidade de oscilação do CoP. As habilidades funcionais foram avaliadas por meio do Pediatric Evaluation of Disability Inventory (PEDI), considerando-se escores de autocuidado, mobilidade e função social nos domínios habilidades funcionais e assistência do cuidador. Resultados: O teste de correlação de Spearman verificou a relação entre controle postural e funcionalidade. Constatou-se correlação negativa forte entre as variáveis amplitude ML de deslocamento do CoP, área de oscilação do CoP e entre a variável de velocidade média de oscilação do CoP e os escores do domínio de autocuidado. Observou-se também correlação negativa moderada entre área de oscilação do CoP e mobilidade. O nível de significância adotado foi de 5% (p<0,05). Conclusões: Crianças com maiores oscilações do CoP em ortostatismo apresentam maiores escores de assistência do cuidador para a realização de AVDs, indicando maiores níveis de dependência. Isso demonstra as repercussões dos componentes de estrutura e função do corpo sobre o nível de atividade em crianças com PC, uma vez que o comprometimento do controle postural pode levar a uma maior dependência das crianças em relação a seus cuidadores.

ASSUNTO(S)

paralisia cerebral equilíbrio crianças funcionalidade pedi reabilitação

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