Relação entre medidas ultra-sônicas e espessura de gordura subcutânea ou área de olho de lombo na carcaça em bovinos de corte

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Zootecnia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005-12

RESUMO

Foram utilizados 162 animais, avaliados em dois anos para determinar a exatidão do ultra-som em estimar a espessura de gordura subcutânea (EGSC) e a área do músculo Longissimus (AOLC) no sítio anatômico entre a 12ª e 13ª costelas. Dentro de 24 horas antes do abate, foram mensuradas por ultra-som a espessura de gordura subcutânea (EGSUS) e a área de músculo Longissimus (AOLUS). Os coeficientes de correlação simples entre as características medidas por ultra-som e a espessura de gordura subcutânea e área do músculo Longissimus da carcaça foram de 0,95 e 0,97, respectivamente. Diferenças entre medidas ultra-sônicas e da carcaça foram expressas em base atual (EDIFF e ADIFF) e em base absoluta (EDEV e ADEV) para espessura de gordura e área do músculo Longissimus, respectivamente. As médias da EDIFF e ADIFF indicaram que o ultra-som superestima a EGSC em 0,16 mm e subestima a AOLC em 0,26 cm² considerando-se ambos os anos. As médias globais da EDEV e ADEV, que são indicações da taxa média de erro, foram 0,34 mm e 1,28 cm², respectivamente. A análise do efeito do ano revelou que EDIFF foi maior no ano 1 e que ADIFF foi maior no ano 2. A análise da EDIFF indicou que animais com EGSC <2 mm foram superestimados e com EGSC >4 mm serem subestimados pelo ultra-som. Similarmente, houve tendência de animais com AOLC <50 cm² foram superestimados e com áreas >50 cm² foram subestimados por ultra-som. Os erros-padrão de predição ajustados para viés das medidas ultra-sônicas foram de 0,40 mm para espessura de gordura subcutânea e de 1,66 cm² para área do músculo Longissimus. Estes resultados indicam que o ultra-som pode ser um estimador acurado das características de carcaça em bovinos de corte.

ASSUNTO(S)

composição corporal exatidão ultra-som

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