Relação entre fluorose dentária e qualidade de vida: um estudo de base populacional

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Oral Research

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005-06

RESUMO

O objetivo do estudo foi verificar a prevalência de fluorose dentária em escolares de 6 a 15 anos de idade e sua possível associação com o impacto nas atividades diárias. Trata-se de um censo observacional, transversal, analítico. Participaram do estudo 513 escolares do município de Pinheiro Preto-SC. Os escolares foram examinados por 3 cirurgiões-dentistas devidamente calibrados, após obtenção de kappa > 0,80. Para avaliar a prevalência de fluorose foi realizado exame clínico segundo metodologia da 4ª edição da OMS. Para verificar os impactos nas atividades diárias foi utilizado o OIDP (Oral Impacts on Daily Performance) modificado. O teste estatístico utilizado foi o do Qui-quadrado, com nível de significância de 5%. Foram examinados 262 (51,1%) escolares do sexo feminino e 251 (48,9%) do sexo masculino. Em relação à prevalência de fluorose, 94 (18,3%) escolares a apresentaram, e 419 (81,7%) apresentaram condições normais. Em relação à gravidade, poucos escolares apresentaram alterações severas. Não foram verificadas associação entre a fluorose dentária e o gênero (p = 0,646), fluorose e condição socioeconômica (p = 0,848) e tal condição e acesso a abastecimento de água fornecido pela rede geral (p = 0,198). As atividades mais citadas que afetaram o desempenho diário foram: limpar os dentes (40,9%) e se alimentar ou gostar de comida (40,4%). Nenhuma atividade diária pôde ser associada com presença de fluorose dental. Verificou-se prevalência de fluorose em consonância com padrões para localidades com teor ideal de flúor na água de abastecimento. As fluoroses questionável e muito leve foram as mais freqüentes, não influenciando a qualidade de vida dos escolares que participaram do estudo.

ASSUNTO(S)

qualidade de vida saúde bucal fluorose dentária

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