Relação entre estresse oxidativo e a tolerancia ao aluminio (Al3+) em milho

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2001

RESUMO

O objetivo do trabalho foi estudar a relação entre a toxidez do íon Al e o estresse oxidativo em duas linhagens de milho, Cat 100-6 e S1587-17 -tolerante e sensível ao AI, respectivamente. As observações visuais dos danos e da presença do Al nas raízes, feitas com hematoxilina, indicaram que o milho tolerante possui mecanismos de defesa que possibilitam a exclusão do íon da raiz. A atividade de enzimas constituintes do sistema de defesa antioxidante PX, CAT , SOD e GR foram determinadas nos ápices das raízes das duas linhagens em diferentes concentrações e tempos de exposição ao AI. As atividades encontradas para a SOD e PX foram 1,7 e 2,0 vezes maiores, respectivamente, na linhagem sensível ao alumínio, em 36 mM de Al em 48 horas. Os resultados encontrados indicaram que o Al interfere no processo de respiração celular, induzindo um aumento na quantidade de espécies reativas de oxigênio (ERO) no S1587-17. Os resultados mostraram que o Al não induz oxidação de proteínas no Cat 100-6, enquanto há uma indução no S 1587-17. Esta indução foi dose e tempo-dependente e em 36 mM Al em 48 horas de tratamento, observou-se a formação de 202 nmol de carbonilas por mg de proteínas. Como o Al não induziu a peroxidação de lipídeos, concluiu-se que a oxidação de proteínas é a via de degradação celular das ERO para o S 1587-17. Finalmente, o estresse oxidativo no milho sensível, consequência do tratamento com alumínio, induziu apoptose nas células da ponta da raiz. Todos esses resultados indicam que o Al induz estresse oxidativo somente no milho sensível e que esse quadro é consequência da toxidez do alumínio em solos ácidos, e não sua causa.

ASSUNTO(S)

oxidação solos metais

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