Relação entre enfermeiros e médicos em hospital escola: a perspectiva dos médicos

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-12

RESUMO

O conflito entre profissionais da medicina e da enfermagem, historicamente as duas principais categorias profissionais responsáveis pelo cuidado do paciente, é originado a partir da associação de diversos fatores que vão desde a constituição da equipe multiprofissional até as questões salariais. O presente estudo pretende verificar se, na visão dos médicos, existe conflito na relação entre médicos e enfermeiros no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC/UFG) e quais são os fatores associados. Para tanto, 30 médicos responderam a um questionário com dados demográficos e perguntas em escala Lickert, sobre as variáveis que interferem na relação interprofissional. Dentre os resultados, a média de idade é de 42,7 anos, 50% dos participantes é do sexo feminino e 93,3 dos entrevistados trabalha em outro lugar. A média de anos de trabalho no HC é de 16,3. Quanto às categorias de conflitos se destacam quatro fatores preventivos de conflitos (Pc) com Ranking Médio (RM) maior que 3,0 e dois geradores de conflito (2Gc), quais sejam: Comunicação interprofissional (RM =3,03); Autonomia na equipe (RM=3,63); Relação interprofissional (RM=3,36); Condições de trabalho (RM=2,26); Influência do hospital escola (RM=2,83) e Reflexo no paciente (RM=3,93). Conclui-se que na realidade analisada o conflito é inexistente, por haver uma relação favorável de fatores protetores (4Pc:2Gc), porém o mesmo é iminente, devido à permanência de fatores que podem desencadeá-lo ("Condições de trabalho" e "Influência do hospital-escola"). Além disso, há disputa de poder com a enfermagem, o que pode desequilibrar a situação e gerar problemas éticos.

ASSUNTO(S)

médico enfermeiro conflito Ética relação

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