Relação entre desempenho da marcha e tipos de atividades na comunidade após acidente vascular encefálico

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Physical Therapy

DATA DE PUBLICAÇÃO

04/03/2011

RESUMO

OBJETIVOS: Examinar a relação entre o desempenho da marcha e a quantidade e tipo de atividades na comunidade em indivíduos após acidente vascular encefálico (AVE). MÉTODOS: Realizou-se um estudo observacional transversal em 14 indivíduos com AVE, aptos a deambular, residentes em Sydney. Resultados demográficos (como idade, gênero, lado hemiparético, tempo desde o AVE, estado civil) e aspectos de desempenho da marcha (como velocidade, resistência, automaticidade e habilidade de usar escadas) foram avaliados. Os indivíduos foram observados por pelo menos cinco horas durante suas atividades na comunidade. Essas atividades foram então categorizadas em quatro tipos: intrínseco-doméstica, extrínseco-doméstica, atividade de lazer com contato e atividade de lazer sem contato. RESULTADOS: Nenhuma relação foi encontrada entre desempenho da marcha e quantidade de atividades na comunidade. Também não houve relação entre desempenho da marcha e tempo gasto em atividade intríseco-doméstica. Velocidade da marcha e habilidade no uso de escadas correlacionaram-se significativamente com atividade de lazer com contato (r=0,56, p=0,04 e r=0,57, p=0,03, respectivamente) e correlacionaram-se inversamente com atividade de lazer sem contato (r=-0,72, p<0,01, e r=-0,66, p=0,01, respectivamente). Desempenho da marcha correlacionou-se inversamente com atividade de lazer sem contato (r=-0,77, p<0,01). Apenas habilidade no uso de escadas correlacionou-se significativamente com atividade extrínseco-doméstica (r=0,77, p<0,01). CONCLUSÕES: Os resultados sugerem que se o desempenho da marcha fica comprometido após o AVE, as atividades em casa e na comunidade serão limitadas e, com isso, os indivíduos podem se tornar confinados à casa e isolados da sociedade.

ASSUNTO(S)

marcha atividades de vida diária ave observação

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