Relação entre ansiedade e síndrome da bexiga hiperativa em mulheres mais velhas
AUTOR(ES)
Alves, Aline Teixeira, Jácomo, Raquel Henriques, Gomide, Liana Barbaresco, Garcia, Patrícia Azevedo, Bontempo, Albênica Paulino dos Santos, Karnikoskwi, Margô Gomes de Oliveira
FONTE
Rev. Bras. Ginecol. Obstet.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-07
RESUMO
OBJETIVO: Investigar a relação entre a síndrome da bexiga hiperativa e ansiedade em mulheres mais velhas. MÉTODOS: Das 198 mulheres mais velhas que foram convidadas, 29 foram excluídas, restando 166, que foram divididas em dois grupos de acordo com o Questionário Avançado de Bexiga Hiperativa (OAB-V8): um grupo com sintomas de bexiga hiperativa (OAB-V8≥8) e outro sem os sintomas da bexiga hiperativa (OAB-V8<8). O objetivo foi realizar uma análise de frequência e investigar a relação entre os dados sócio-demográficos e ansiedade entre os grupos. A Escala de Ansiedade de Beck (EAB) foi utilizada para avaliar o nível de ansiedade. O teste de Kolmogorov-Smirnov foi utilizado para determinar a distribuição dos dados. As diferenças entre os dois grupos para as variáveis contínuas foram analisadas pelo teste de Mann-Whitney, e para as variáveis categóricas foi utilizado o teste Qui-quadrado. Para analisar a associação entre as variáveis contínuas, foi utilizado o teste de Correlação de Spearman. Os testes foram bi-caudais com um nível de confiança de 5%. RESULTADOS: Em geral, a frequência de bexiga hiperativa estava presente em 117 (70,5%) das participantes. O grupo com sintomas de bexiga hiperativa apresentou um IMC (índice de massa corporal) significativamente maior do que aqueles sem esses sintomas (p=0,001). Observou-se maior prevalência de ansiedade leve, moderada e grave entre as mulheres mais velhas com sintomas de bexiga hiperativa. Além disso, o grupo com sintomas de bexiga hiperativa apresentou correlação positiva baixa com sintomas de ansiedade (r=0,345) e com o IMC (r=0,281). Houve uma pequena correlação entre IMC e sintomas de ansiedade (r=0,164). CONCLUSÕES: Síndrome da bexiga hiperativa foi frequente entre as mulheres mais velhas e a existência desses sintomas estavam ligados à presença de sintomas de ansiedade leve, moderada e/ou grave.
ASSUNTO(S)
bexiga urinária hiperativa ansiedade idoso
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