Relação da sazonalidade climática com parâmetros sanguíneos de ribeirinhos residentes na Amazônia brasileira,

AUTOR(ES)
FONTE

J. Pediatr. (Rio J.)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-10

RESUMO

Resumo Objetivo: Analisar a sazonalidade climática de parâmetros sanguíneos relacionados à homeostase do ferro, inflamação e alergia em duas populações ribeirinhas da Amazônia brasileira. Método: Fez-se um estudo transversal em 120 crianças e adolescentes em idade escolar, residentes em comunidades ribeirinhas de Porto Velho, Rondônia. Foram analisados hematócrito, hemoglobina, ferritina, ferro sérico, leucometria global, linfócitos, eosinófilos, proteína C-reativa e imunoglobulina E nas estações seca e chuvosa. Usaram-se o teste do qui-quadrado e a razão de prevalência para a comparação das proporções, além do teste t de Student pareado para a análise de médias. Resultados: Hemoglobina (13,3 g/dL) e hematócrito (40,9%) apresentaram maiores valores médios no período de seca. A prevalência de anemia foi de 4% e 12% na seca e na chuva, respectivamente. O ferro sérico foi menor no período de seca com média de 68,7 mcg/dL. A prevalência de deficiência de ferro foi em média 25,8% na seca e 9,2% na chuva. A concentração sérica de ferritina não apresentou valores alterados em ambos os períodos, no entanto os valores médios apresentaram-se mais elevados na seca (48,5 ng/mL). Os parâmetros dos eosinófilos, linfócitos, leucometria global, proteína C-reativa e imunoglobulina E não apresentaram diferenças sazonais. A proteína C-reativa e a imunoglobulina E apresentaram valores alterados em 7% e 60% dos exames feitos, respectivamente. Conclusão: Os parâmetros hematológicos da série vermelha e a homeostasia ferro sanguíneo apresentaram variação sazonal, que coincide com o período de seca na região, no qual se observa aumento dos poluentes atmosféricos derivados das queimadas.

ASSUNTO(S)

homeostasia do ferro biomarcadores mudanças climáticas

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