Reificação, inteligência e medicalização: formas históricas e atuais de classificação na escola

AUTOR(ES)
FONTE

Psicol. Esc. Educ.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2018-04

RESUMO

Resumo O presente artigo procurou problematizar diferentes formas de categorização de sujeitos na escola, a partir de uma perspectiva histórica, cotejando a função do coeficiente de inteligência com a função da medicalização realizada através de diagnósticos psiquiátricos, processos que operam no sentido da falácia da reificação, processo através do qual abstrações estatísticas são tomadas como ‘coisas reais’. Discutiu-se a acurácia do conceito de medicalização, através de um breve panorama de sua modificação conceitual ao longo do tempo. Fez-se, ademais, uma análise da entrada da psicologia na escola e dos estudos eugenistas de inteligência no início do século XX, de forma a permitir uma discussão pautada na orientação ética que alerta para o risco dos sistemas classificatórios (de inteligência ou de diagnósticos psiquiátricos), que podem induzir o engessamento da subjetividade do indivíduo. Concluiu-se que a medicalização, assim como o eugenismo, apresenta um foco no indivíduo problema e em determinantes supostamente biológicos.

ASSUNTO(S)

medicalização inteligência psicologia escolar

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