Reificação, inteligência e medicalização: formas históricas e atuais de classificação na escola
AUTOR(ES)
Pizzinga, Vivian Heringer, Vasquez, Henrique Romero
FONTE
Psicol. Esc. Educ.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2018-04
RESUMO
Resumo O presente artigo procurou problematizar diferentes formas de categorização de sujeitos na escola, a partir de uma perspectiva histórica, cotejando a função do coeficiente de inteligência com a função da medicalização realizada através de diagnósticos psiquiátricos, processos que operam no sentido da falácia da reificação, processo através do qual abstrações estatísticas são tomadas como ‘coisas reais’. Discutiu-se a acurácia do conceito de medicalização, através de um breve panorama de sua modificação conceitual ao longo do tempo. Fez-se, ademais, uma análise da entrada da psicologia na escola e dos estudos eugenistas de inteligência no início do século XX, de forma a permitir uma discussão pautada na orientação ética que alerta para o risco dos sistemas classificatórios (de inteligência ou de diagnósticos psiquiátricos), que podem induzir o engessamento da subjetividade do indivíduo. Concluiu-se que a medicalização, assim como o eugenismo, apresenta um foco no indivíduo problema e em determinantes supostamente biológicos.
ASSUNTO(S)
medicalização inteligência psicologia escolar
Documentos Relacionados
- Reificação, reconhecimento e educação
- Biopolítica, indústria farmacêutica e medicalização: construções de formas simbólicas sobre a influenza A (H1N1)
- 3. Medicalização: incluir ou excluir
- Medicalização: uma crítica (im)pertinente? Introdução
- Luto e medicalização: gestão do sofrimento entre mães que perderam filhos