Registro eletrônico de saúde em hospital de alta complexidade: um relato sobre o processo de implementação na perspectiva da telessaúde

AUTOR(ES)
FONTE

Ciênc. saúde coletiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2019-03

RESUMO

Resumo A implantação do registro eletrônico nos estabelecimentos de saúde tem refletido soluções isoladas, que contribuem para a fragmentação do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa investigação utiliza ferramenta de planejamento estratégico, a fim de acompanhar o percurso da implantação do registro em instituto nacional de média e alta complexidade, referência na área da saúde da mulher e da criança. O objetivo foi delinear possíveis contribuições para a informatização de estabelecimentos de saúde em geral. A metodologia se baseia nas práticas da etnografia nos hospitais. O desenho do estudo foi qualitativo, descritivo com análise documental. As fontes consultadas foram as atas dos encontros para implementação do prontuário eletrônico realizados entre 2012 e 2015. Uma narrativa síntese aponta a falta de infraestrutura, de recursos e a ocorrência de conflito de interesses, envolvendo vários atores no processo. O registro eletrônico legitima o desenho institucional e organiza o trabalho, além de mapear a geografia hospitalar. A associação do prontuário físico com o digital exige uma mudança de cultura institucional. O registro é um ato de cidadania e se torna um documento fundamental no controle de qualidade e na acreditação hospitalar.Abstract The implementation of electronic records in healthcare establishments has led to isolated solutions, which contribute to the fragmentation of the Brazilian Unified Health System (SUS). This research uses a strategic planning tool in order to monitor the trajectory of implementation of the records in medium and high complexity hospitals, which are a benchmark for the health of women and children. The scope was to outline possible contributions for the computerization of health facilities in general. The methodology is based on the ethnography practices in hospitals. The study was qualitative, descriptive with document analysis. The sources consulted were the minutes of the electronic records kept between 2012 and 2015. The synthetic narrative points to the lack of infrastructure, resources and the conflict of interests involving several actors in the process. The electronic record legitimizes the institutional design and organizes the work, besides mapping the hospital geography. The association of physical and digital records demands a change of institutional culture. Registration is an act of citizenship and becomes a key document in quality control and hospital accreditation.

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