Regional Labor Market Differences in Brazil and Search Frictions: Some Structural Estimates

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Econ.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-03

RESUMO

Estimamos um modelo de procura de emprego de equilíbrio para seis regiões metropolitanas localizadas em diferentes regiões do Brasil. Dois mecanismos de determinação dos salários são considerados: postagem de salários por empresas monopsônicas e negociação bilateral a la Nash. Para estimar o modelo, usamos o método não-paramétrico desenvolvido por Bontemps, Robin, & van den Berg [2000. Equilibrium search with continuous productivity dispersion: Theory and nonparametric estimation. International Economic Review, 41(2), 305-358]. Existe heterogeneidade significativa entre os parâmetros estruturais estimados para essas regiões. Conseguimos racionalizar diferenças regionais já bem conhecidas nos salários, taxas de desemprego e produtividade prevalentes nos mercados de trabalho brasileiros, oferecendo assim novas interpretações. Regiões metropolitanas do Nordeste possuemλ0 (taxa de oferta de salários para trabalhadores empregados) e λ1 (taxa de oferta de salários para trabalhadores empregados) muito menores vis a vis aquelas encontradas nas regiões Sul ou Sudeste. Este é um resultado novo e muito mais preciso que vale a pena ser considerado no debate regional da desigualdade no Brasil. A desigualdade regional nos salários, além de ser resultado da distribuição regional de capital humano, pode ser racionalizada através da desigualdade de fricções trazidas por diferenças entreλ1's. Evidenciamos também um papel (indireto) importante das fricções de busca quando se analisam as diferenças de produtividade. Como os atritos de busca impactam simultaneamente sobre o poder de monopsônio, bem como sobre a produtividade, afim de entender melhoras diferenças de produtividade regionais, devemos aprofundar nossa análise sobre como esses parâmetros estruturais são diferenciadas por regiões. Fricções no mercado de trabalho adicionam importantes insights ao debate, algo que não é capturado por abordagens econométricas de forma "reduzidas" mais tradicionais.

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