Regeneração natural em um remanescente de Caatinga sob diferentes níveis de perturbação, no agreste paraibano

AUTOR(ES)
FONTE

Acta Botanica Brasilica

DATA DE PUBLICAÇÃO

2001-12

RESUMO

O presente trabalho foi desenvolvido em um remanescente de caatinga hipoxerófila localizado na fronteira dos Municípios de Areia e Remígio--PB, com o objetivo de estudar o comportamento da regeneração natural em ambientes com diferentes níveis de perturbação antrópica. Foram selecionados três ambientes (I, II e III), ordenados em níveis crescentes de perturbação, tendo sido plotadas 5 unidades amostrais em cada um deles. Foram estabelecidas quatro classes de tamanho para estratificação dos indivíduos a serem estudados, conforme descritas a seguir: classe 1 - indivíduos com altura de 0,10 a 0,29 m; classe 2 - indivíduos com altura de 0,30 a 1,49 m; classe 3 - indivíduos com altura de 1,5 a 3 m e classe 4 - indivíduos com altura superior a 3 m, mas que apresentavam o diâmetro na base inferior a três cm. A densidade total foi da ordem de 5000 indivíduos ha-1, tendo sido identificadas 26 espécies arbóreas, pertencentes a 17 famílias. As famílias Euphorbiaceae e Mimosaceae detiveram aproximadamente 60% dos indivíduos amostrados. Nos ambientes I e II a espécie que apresentou maior regeneração natural foi Croton sonderianus Muell Arg., e no ambiente III, Thiloa glaucocarpa (Mart.) Eichl. A maioria dos indivíduos encontrava-se nas classes de menor tamanho, sendo que apenas o ambiente III, o mais conservado, apresentou indivíduos nas quatro classes de tamanho. Os maiores impactos da intervenção antrópica foram detectados no ambiente I, e os menores no ambiente III, refletidos a partir da riqueza florística, da dominância e da distribuição da plantas nas classes de tamanho previamente definidas.

ASSUNTO(S)

regeneração natural ecossistema de caatinga perturbação antrópica

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