Reforma psiquiátrica, trabalhadores de saúde mental e a "parceria" da família: o discurso do distanciamento
AUTOR(ES)
Pinho, Leandro Barbosa de, Hernández, Antonio Miguel Bañon, Kantorski, Luciane Prado
FONTE
Interface - Comunicação, Saúde, Educação
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-03
RESUMO
Este estudo analisou o discurso de trabalhadores de saúde mental sobre a participação da família no tratamento. O corpus foi composto por entrevistas aplicadas a 17 dos 25 profissionais que trabalham em um serviço substitutivo de uma cidade da região Sul do Brasil. O referencial teórico-filosófico foi a Análise Crítica do Discurso. O dispositivo metodológico que subsidiou a sistematização dos dados foi o "diagrama axiológico-discursivo". Verificou-se que os trabalhadores manifestam a importância da família no tratamento do usuário, entretanto, representação ainda pautada na responsabilização e culpabilização, quando a família se afasta do tratamento. Aos poucos, a "parceria" vai dando espaço ao "distanciamento", como dimensão cuidadora nos serviços de saúde mental. Espera-se que este estudo subsidie a constante reflexão sobre o papel das famílias em saúde mental, temática importante para repensar saberes e práticas sobre o louco, a loucura e suas relações no contexto da reforma psiquiátrica.
ASSUNTO(S)
estudos de linguagem saúde mental serviços de saúde mental
Documentos Relacionados
- Trabalhadores de saúde mental : reforma psiquiátrica, saúde do trabalhador e modos de subjetivação nos serviços de saúde mental
- Reforma psiquiátrica e os trabalhadores da saúde mental: a quem interessa mudar?
- Reforma psiquiátrica, federalismo e descentralização da saúde pública no Brasil
- A enfermagem e o Programa Saúde da Família: uma parceria de sucesso?
- A Enfermagem Psiquiátrica, a ABEn e o Departamento Científico de Enfermagem Psiquiátrica e Saúde Mental: avanços e desafios