Reflexões sobre lugares de memória no Uruguai: as demarcações da paisagem repressiva

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2021-04

RESUMO

Resumo: Dentro dos esforços para delimitar ou demarcar alguns lugares de memória, para não perder esses vestígios na construção da memória coletiva em torno do que foi a ditadura cívico-militar uruguaia (1973-1985), torna-se inteligível na cidade de Montevidéu a existência de alguns sítios de memória que foram criados a partir da lei 19.641 aprovada em julho de 2018, configurando certas paisagens de memória. Este artigo busca refletir sobre a constituição e contexto desses sítios, a fim de expor a lógica da demarcação e da memória, frente a lógica do esquecimento. Um deles é o centro comercial Shopping Punta Carretas, que funcionou como uma prisão e fez parte de um complexo processo de demarcação que corresponde ao neoliberalismo, serviu de veículo para a memória do consumismo. Este artigo busca expor os debates que cercam essas demarcações, as diferentes concepções e configurações que a cidade de Montevidéu acaba adotando diante do passado recente.

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