Reestruturação de morfologia flexional em achê - discutindo mudança gramatical e contato linguístico no subgrupo - 1 da família tupí-guaraní

AUTOR(ES)
FONTE

Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciênc. hum.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-08

RESUMO

Este artigo lida com mudanças gramaticais em achê, focando na morfologia de flexão. Achê contém paradigmas funcionais restritos quando comparado com outras línguas tupi-guarani. Embora a erosão de flexão seja atestada como desenvolvimento histórico linear neste contexto genético; o grau de erosão de flexão observada em achê é excepcional. Achê carece de todos os prefixos de línguas TG, consequentemente, os processos ligados ao concordância, como efeitos de hierarquia de pessoa, não são encontrados. Enclíticos do achê, principalmente a marcação de tempo-aspecto-modo (TAM) parecem ser mais semelhante a outras línguas TG. No entanto, a partir de estudos mais detalhados, encontra-se também reestruturações consideráveis nos sistema de TAM. Além de descrever padrões de erosão e de retenção de flexão, mostra-se como o achê lida com re-estruturações funcionais, gerando padrões sintáticos e itens lexicais novos. Inspirado pelas subclasses de flexão dada em Roberts e Bresnan (2008), torna-se evidente que flexão inerente (ou seja, TAM) é mais estável em achê do que flexão contextual (pessoa, caso); o que constata um resultado característico de mudança gramatical induzida por contato. Assim, este estudo sobre reestruturação flexional contribui novas evidência a favor da hipótese que Ache é uma lingua TG de contato (Dietrich, 1990; Rodrigues, 2000; Rößler, 2008).

ASSUNTO(S)

morfossintaxe flexão mudança gramatical contato linguístico achê línguas tupí-guaraní

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