Redistribution of heart failure deaths using two methods: linkage of hospital records with death certificate data and multiple causes of death data

AUTOR(ES)
FONTE

Cad. Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

03/06/2019

RESUMO

A insuficiência cardíaca, quando atribuída como a causa básica de morte, é considerada um código lixo. A reatribuição de códigos lixo a causas plausíveis tem por objetivo reduzir viés e aumentar a comparabilidade de dados sobre mortalidade. Dois modelos de redistribuição foram aplicados a dados brasileiros de 2008 a 2012, para pacientes falecidos de 55 anos de idade ou mais. No modelo de causas múltiplas de morte, óbitos por insuficiência cardíaca foram redistribuídos com base na proporção de causas básicas identificadas em óbitos pareados que tinham insuficiência cardíaca listada como causa intermediária. No método de dados hospitalares, óbitos por insuficiência cardíaca foram redistribuídos com base nos dados dos registros de hospitalização dos pacientes falecidos. Houve 123.269 (3,7%) óbitos por insuficiência cardíaca. O método de causas múltiplas de morte redistribuiu 25,3% para doenças cardíacas hipertensivas e doenças renais, 22,6% para doenças cardíacas coronarianas e 9,6% para diabetes. Houve 41.324 óbitos por insuficiência cardíaca relacionados com registros de hospitalização. A insuficiência cardíaca foi listada como o diagnóstico principal em 45,8% dos registros de hospitalização correspondentes. Para estes, não foi feita redistribuição. Para os óbitos remanescentes, o método de dados hospitalares redistribuiu 21,2% para outras doenças (não cardíacas), 6,5% para infecções das vias aéreas inferiores e 9,3% para outros códigos lixo. A insuficiência cardíaca é um código lixo frequentemente usado no Brasil. Nós usamos dois métodos de redistribuição, aplicados de forma simples, mas que levaram a resultados distintos. É importante que esses métodos sejam validados, o que pode ser feito a partir de um estudo nacional recente que investigará uma grande amostra de óbitos hospitalares com códigos lixo listados como causas básicas.Heart failure is considered a garbage code when assigned as the underlying cause of death. Reassigning garbage codes to plausible causes reduces bias and increases comparability of mortality data. Two redistribution methods were applied to Brazilian data, from 2008 to 2012, for decedents aged 55 years and older. In the multiple causes of death method, heart failure deaths were redistributed based on the proportion of underlying causes found in matched deaths that had heart failure listed as an intermediate cause. In the hospitalization data method, heart failure deaths were redistributed based on data from the decedents’ corresponding hospitalization record. There were 123,269 (3.7%) heart failure deaths. The method with multiple causes of death redistributed 25.3% to hypertensive heart and kidney diseases, 22.6% to coronary heart diseases and 9.6% to diabetes. The total of 41,324 heart failure deaths were linked to hospitalization records. Heart failure was listed as the principal diagnosis in 45.8% of the corresponding hospitalization records. For those, no redistribution occurred. For the remaining ones, the hospitalization data method redistributed 21.2% to a group with other (non-cardiac) diseases, 6.5% to lower respiratory infections and 9.3% to other garbage codes. Heart failure is a frequently used garbage code in Brazil. We used two redistribution methods, which were straightforwardly applied but led to different results. These methods need to be validated, which can be done in the wake of a recent national study that will investigate a big sample of hospital deaths with garbage codes listed as underlying causes.

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