Recordação imediata de estórias curtas depende do nível educacional

AUTOR(ES)
FONTE

Dement. neuropsychol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-12

RESUMO

Resumo Queixas de problemas com a memória são freqüentes em idosos, mas a confirmação de declínio da memória não é simples. Testes que utilizam a recordação de parágrafos ou estórias curtas têm sido propostos para o diagnóstico de doença de Alzheimer e de comprometimento cognitivo leve amnéstico. Objetivos: Avaliar a influência do nível educacional sobre a recordação imediata de estórias curtas. Métodos: 363 indíviduos (214 mulheres; idade mediana de 50; escolaridade mediana de 6; 23 analfabetos) sem doenças físicas ou mentais evidentes foram avaliados com testes neuropsicológicos simples que incluíram a recordação de estórias simples imediatamente depois da leitura em voz alta pelo examinador. Resultados: Idade correlacionou-se inversamente enquanto anos de escolaridade correlacionou-se diretamente com os escores na recordação imediata das estórias. Como idade e anos de escolaridade correlacionaram-se inversamente, foi empregada regressão logística que demonstrou que apenas a escolaridade influenciou o desempenho no teste. Conclusões: Em populações com nível educacional heterogêneo, a recordação de estórias curtas não deve ser recomendada para o diagnóstico de comprometimento da memória. É possível que testes com fases de codificação mais prolongadas ou repetidas sejam mais apropriados para populações deste tipo. A partir de perspectiva mais ampla, informações divulgadas por rádio ou televisão, bem como avisos oralmente apresentados em espaços públicos como hospitais, estações ou aeroportos podem ser menos lembrados por indivíduos de baixa escolaridade, especialmente quando a informação for apresentada uma única vez.

ASSUNTO(S)

memória doença de alzheimer comprometimento cognitivo leve memória lógica educação testes neuropsicológicos

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