Reconstrução em cabeça e pescoço com retalho miocutâneo infrahióideo

AUTOR(ES)
FONTE

Sao Paulo Medical Journal

DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

CONTEXTO E OBJETIVO: O uso de retalhos miocutâneos pediculados para reconstrução cirúrgica na região de cabeça e pescoço (RCP) é consagrado. Apresentaremos a experiência com o uso do retalho infrahiódeo (RIH) em reconstrução de defeitos cirúrgicos na cavidade oral e orofaringe em portadores de tumores benignos e malignos. O objetivo foi avaliar o índice de sucesso do RIH em defeitos da cavidade oral em uma única instituição. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo retrospectivo, no Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). MÉTODOS: Foram utilizados 14 RIH para reconstrução em RCP em 11 homens (78,5%) e 3 mulheres (21,5%). Em nove (64,2%) pacientes, a reconstrução foi de assoalho oral anterior, três (21,4%) de base de língua, um (7,1%) de assoalho lateral e um de trígono retromolar (7,1%). O carcinoma espinocelular (CEC) foi neoplasia presente em 13 deles (92,8%) e um (7,2%) ameloblastoma de mandíbula. O estádio era T3 em oito (61,5%) e T4 em cinco (38,5%) dos casos de CEC. RESULTADOS: Não houve caso de perda total do retalho ou fístula. A complicação mais comum foi epidermólise, retardando o início da ingestão oral. Pacientes com CEC receberam radioterapia pós-operatória sem conseqüências para o retalho. CONCLUSÃO: O RIH é um retalho seguro e confiável para o cirurgião de cabeça e pescoço na reconstrução na RCP. Devido à espessura e maleabilidade, sua utilização para reconstrução de defeitos da cavidade oral e orofaringe proporciona bom aspecto cosmético e funcional. Complicações são de fácil manuseio.

ASSUNTO(S)

câncer de cabeça e pescoço retalhos cirúrgicos procedimentos cirúrgicos reconstrutivos músculos do pescoço reabilitação

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