Reconstrução do tendão distal do bíceps com enxerto do tríceps: nota técnica

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. ortop.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-06

RESUMO

RESUMO Rupturas do tendão distal do bíceps braquial ocorrem tipicamente com uma contração contrarresistência com o cotovelo em 90° de flexão. Rupturas crônicas são lesões incomuns e são complicadas pela retração e pobre qualidade tendínea e muscular. Algumas técnicas de reconstrução têm sido descritas na literatura, com variações na via de acesso, no tipo de enxerto (alo ou autoenxertos), na área doadora do enxerto e no tipo de fixação à tuberosidade radial. Descrevemos o caso de um paciente que apresentava ruptura do tendão distal do bíceps braquial havia cinco semanas, foi submetido à reconstrução com autoenxerto da tira central do tendão tricipital através de dupla incisão e fixação com âncoras à tuberosidade radial. O uso do tríceps braquial como autoenxerto para reconstrução de rupturas crônicas do bíceps distal ainda não havia sido descrito na literatura. Os autores optaram por ele devido às características biomecânicas que o credenciam como adequado para esse procedimento e à facilidade de coleta com o mesmo campo cirúrgico na mesma articulação, que minimizam os efeitos negativos da área doadora. Após seis meses de pós-operatório, o paciente apresenta arco de movimento completo e restauração de 96% da força de flexão e 90% da força de supinação quando comparado com o membro contralateral. A técnica descrita parece ser uma boa opção para casos de ruptura crônica do bíceps distal para pacientes mais velhos e que apresentam demanda funcional de supinação.

ASSUNTO(S)

cotovelo traumatismos dos tendões procedimentos cirúrgicos reconstrutivos transplante autólogo reconstrução

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