Reconfigurações da teoria social após a hegemonia ocidental

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. Ci. Soc.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-02

RESUMO

Nas últimas três décadas, os cientistas sociais tiveram de aprender que as hipóteses concernentes à robustez e à estabilidade dos processos e estruturas sociais não podem mais ser tidas por auto evidentes, posto que os resultados das ações sociais são muito mais imprevisíveis do que usualmente se supunha e os acontecimentos e sua ocorrência inesperada devem ser levados em conta para se compreender a realidade social. Se isso está correto, a teoria social precisa repensar alguns de seus pressupostos metodológicos e teóricos básicos. Este artigo tratará das seguintes questões: De que teoria da ação necessitamos para dar conta das características contingentes da vida social? Que tipos de relatos podem fazer os cientistas sociais com vistas a compreender essa mesma realidade? Podem os cientistas sociais falar ainda confiantemente em leis ou mecanismos sociais gerais ou devem eles basear-se mais propriamente em métodos narrativos? A resposta principal a essas questões será a de que, na verdade, a teoria social terá que tomar em consideração o problema da “narratividade”, o que ao mesmo tempo significa que a corrente dominante da teoria social terá necessariamente que historicizar completamente todas as suas categorias.

ASSUNTO(S)

teoria social teorias pós-coloniais hegemonia ocidental modernidade

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