Reconciliação ilusória: a importância da representatividade na amostragem

AUTOR(ES)
FONTE

Rem: Rev. Esc. Minas

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-09

RESUMO

No contexto da indústria mineral, reconciliação pode ser definida como a prática de comparar a massa e o teor médio de minério previstos pelos modelos geológicos com a massa e teor gerados na usina de beneficiamento. Essa prática tem se mostrado cada vez mais importante, visto que, quando corretamente executada, aumenta a confiabilidade no planejamento de curto prazo e otimiza as operações de lavra e beneficiamento do minério. No entanto, a utilidade da reconciliação depende da qualidade e confiabilidade dos dados de entrada. Uma boa reconciliação pode ser ilusória. Em muitos casos, erros cometidos, em determinado ponto do processo, são compensados por erros cometidos em outros pontos, resultando em uma reconciliação excelente. Entretanto, esse fato mascara os erros do sistema, que, mais cedo ou mais tarde, podem se revelar. Frequentemente, os erros de amostragem podem levar a uma análise errônea do sistema de reconciliação, gerando consequências graves à operação, principalmente quando a lavra alcança regiões mais pobres ou mais heterogêneas do depósito. Como uma boa estimativa só é possível com práticas corretas de amostragem, a confiabilidade dos resultados de reconciliação depende da representatividade das amostras que os geraram. Esse trabalho analisa as práticas de amostragem, em uma mina de cobre e de ouro para fins de reconciliação. Os resultados mostram que a reconciliação aparentemente ótima entre mina e usina, é ilusória, consequência da compensação de diversos erros, na etapa de coleta de amostra, para o planejamento de curto-prazo.

ASSUNTO(S)

reconciliação amostragem representatividade

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